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Ramos de Azevedo O arquiteto de São Paulo

8/12/1851, São Paulo, SP

12/6/1928, Guarujá, SP

Da Novelo Comunicação

23/01/2014 19h03

Nascido no dia 8 de dezembro de 1851, Francisco de Paula Ramos de Azevedo atuou como arquiteto na capital, no final do século 19 e começo do século 20. Ele é um dos responsáveis por diversos prédios da Belle Époque Paulistana. O conjunto de sua obra retrata diferentes estilos e simboliza a transformação urbanística de São Paulo e o desejo de progresso daquela época.

Filho de uma família abastada de Campinas (SP), depois dos primeiros estudos no Brasil, foi estudar na Universidade de Gante, na Bélgica, onde se graduou como engenheiro e arquiteto em 1878.

Ao retornar ao Brasil, com sólido conhecimento em construção civil, abre seu primeiro escritório profissional, em Campinas, onde assinou diversos projetos. Sua primeira obra de grande importância é a conclusão da Igreja Matriz da cidade, em 1883.

Em 1886, ele é convidado a projetar os edifícios públicos na cidade de São Paulo, como a Tesouraria da Fazenda, a Secretaria da Agricultura e a Secretaria de Polícia, no pátio do Colégio. Os prédios são conhecidos como "Secretarias de Estado".

  • Divulgação/Gastronomia e Negócios

    Ramos de Azevedo projetou o prédio do Mercado Municipal de São Paulo

Além das secretarias, ele assinou obras que marcaram a cidade como o Mercado Municipal, a Casa das Rosas, que foi terminada após a sua morte, o Palácio das Indústrias no Parque D. Pedro 2º, a Escola Politécnica, o Asilo do Juqueri, o Liceu de Artes e Ofícios (hoje Pinacoteca do Estado de São Paulo), o Portal do Cemitério da Consolação, o Instituto Caetano de Campos (atual Secretaria Estadual da Educação) e a agência central dos Correios, no vale do Anhangabaú.

Com o sucesso dos projetos, no mesmo ano ele estabelece na capital paulista o escritório F. P. Ramos de Azevedo e Cia, que responde pelos maiores projetos arquitetônicos paulistanos do século 19 e início do século 20. Sua fama também chama a atenção de muitos barões do café, que o contrataram para construir seus casarões.

Em sua carreira profissional, também se destaca como um dos fundadores e professor da Escola Politécnica de São Paulo (Poli), na qual chegou a ser diretor. Dirigiu ainda o Liceu de Artes e Ofícios, voltado para o estudo da arte. Em 1904, Ramos de Azevedo foi eleito senador estadual, cargo que exerceu por apenas um ano e meio. Morreu em 12 de junho de 1928, no Guarujá (SP).