Richard Strauss Compositor, pianista e maestro alemão
11-6-1864, Munique
8-9-1947, Garmisch-Partenkirchen
Antes de ser o compositor de ópera mais apreciado desde Wagner, Strauss já era conhecido por suas sinfonias, inspiradas quase sempre em obras literárias: Don Juan (1888), Morte e Transfiguração (1889), Till Eulenspiegel (1895), Assim Falou Zaratustra (1896, adaptação livre da obra de Frederich Nietzsche), ou Dom Quixote (1897). Em 1915, surgiu Sinfonia dos Alpes, uma composição grandiosa que incluía máquinas de vento e órgão, estruturada num único movimento de quase uma hora de duração. Já havia conseguido o seu primeiro triunfo como compositor de ópera com a obra num só ato Salomé (1905). Com a adaptação de Elektra (drama de Hugo von Hoffmannsthal), em 1909, para a ópera, iniciava-se uma etapa frutífera de colaboração entre ambos os artistas, refletida num intenso intercâmbio epistolar. Outras óperas baseadas em libretos de Hoffmannsthal são O Cavaleiro da Rosa (1911), inspirada em Mozart; a classicista Ariadna auf Naxos (1912), revista em 1916, e as românticas Die Frau ohne Schatten (1919), Die Agyptische Helena (1928) e Arabella (1933). Suas óperas posteriores não obtiveram o reconhecimento alcançado pelas anteriores. Ambos os artistas foram os fundadores em 1917 do festival de Salzburgo. Aliados às óperas e às sinfonias, os lieder foram o terceiro campo de inspiração de Strauss. Entre as mais de 200 composições para violino e orquestra, os denominados Quatro Últimas Canções (1948) são os mais conhecidos. A obra de Strauss alcançou os limites da tonalidade sem chegar a ultrapassá-los. Sua carreira musical havia-se iniciado com o cargo de maestro em Meiningen, Munique e Weimar. Em 1898, estreou na Ópera de Berlim, da qual passou a ser diretor musical em 1908. Dirigiu a Ópera de Viena de 1919 a 1924, em colaboração com Franz Schalk. Apresentou também diversos concertos no exterior como maestro convidado. Durante o regime nazista, entre 1933 e 1935, foi diretor honorário do Departamento de Música do Reich.