Sergei M. Eisenstein Diretor de cinema soviético
23-1-1898, Riga
11-12-1948, Moscou
Eisenstein, cuja criação cinematográfica esteve a serviço do socialismo soviético, exerceu uma influência determinante no cinema contemporâneo com suas novidades técnicas de montagem, suas perspectivas inéditas e seus enquadramentos. Apesar de ter estudado engenharia, em 1920 dedicou-se a fazer cenários para o teatro proletário e em 1923 estreou como assistente de realização de Vsevolod Meyerhold. Em 1924 decidiu dedicar-se totalmente ao cinema como meio de propaganda revolucionária. Seus primeiros filmes, entre os quais se destacam A Greve (1924) e O Encouraçado Potemkin (1925), comemoram a revolução russa. Neles Eisenstein não apresenta um determinado indivíduo como herói, mas toda a comunidade como expressão das qualidades humanas. De 1929 a 1932 Eisenstein residiu na Europa Ocidental, nos EUA e no México. Quando voltou a seu país, teve novamente problemas com a burocracia cultural soviética, e por isso não pôde realizar alguns projetos, como seu primeiro filme sonoro, O Prado de Bejin (1932) ou Alexandre Nevski, que ficou incompleto. A segunda parte de Ivã, o Terrível (1946) só estreou em 1958, depois de sua morte. Muitos de seus textos, alguns de aspecto autobiográfico, também só foram publicados postumamente.