Sílvio Romero Crítico e historiador da literatura brasileira
21 de abril de 1851, Lagarto, SE (Brasil)
18 de junho de 1914, Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero liderou, ainda universitário, ao lado de Tobias Barreto e outros, a chamada Escola do Recife, publicando, em 1869, seus primeiros trabalhos de crítica. Em 1873 formou-se pela Faculdade de Direito do Recife.
Depois de colaborar em vários jornais da capital pernambucana, mudou-se para o Rio de Janeiro (1876), onde obteve a cátedra de filosofia do Colégio Pedro 2º com a tese Interpretação filosófica dos fatos históricos. Também tentou a política, sendo deputado por Sergipe (1899-1902).
Sílvio Romero pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e à Academia Brasileira de Letras, de que foi membro fundador, ocupando a cadeira nº 21.
Influências
A orientação filosófica de Romero passou pelo ecletismo de Jouffroy e pelo positivismo de Comte, firmando-se no monismo evolucionista de Darwin e Spencer, que o leva à busca de métodos objetivos de análise crítica e apreciação do texto literário.
Pesquisador bibliográfico sério e minucioso, preocupou-se sobretudo com o levantamento sociológico em torno de autor e obra, aplicando esse critério, todavia, com excessiva rigidez metodológica e pouca firmeza conceitual.
Embora se deixando prejudicar, frequentemente, pela paixão, sua contribuição à historiografia literária brasileira é uma das mais importantes de seu tempo.
Dentre as obras de Sílvio Romero destacam-se História da literatura brasileira, publicada em 1888, Machado de Assis (1897), Ensaios de sociologia e literatura (1901) e Evolução do lirismo brasileiro, de 1905.