Stanislao Cannizzaro Químico italiano
Palermo, 13 de julho de 1826
Roma, 10 de maio de 1910
Stanislao Cannizzaro iniciou os estudos de química aos 19 anos. Em 1849, após haver participado de uma rebelião na Sicília, foi forçado a exilar-se em Marselha, de onde partiu para Paris. Ali, conviveu com grandes químicos da época, como Auguste Cahours, Victor Regnault e Michel Eugène Chevreul, em cujo laboratório trabalhou na pesquisa de várias substâncias orgânicas.
Cannizzaro retornou à Itália em 1851, quando assume a cadeira de química do Colégio de Alessandria. Depois, lecionou nas universidades de Gênova, Palermo e Roma. Em 1871, foi eleito senador.
Fundador, na Universidade de Roma, do primeiro laboratório moderno de química, contribuiu de maneira decisiva para a formação de várias gerações de químicos italianos.
Teoria atômica
Ainda que tenha se tornado famoso por seus trabalhos de química orgânica, são suas investigações no campo da teoria atômica o que, principalmente, lhe asseguram um lugar na história científica.
Seu trabalho fundamental sobre a nova conceituação do átomo foi publicado em 1851, quando demonstra a importância da hipótese de Avogadro, considerando-a como a pedra fundamental sobre a qual se deveria erguer todo o edifício da teoria atômica.
Foi Cannizzaro quem estabeleceu a distinção entre peso atômico e peso molecular - e demonstrou que é possível deduzir os pesos atômicos dos elementos a partir dos pesos moleculares dos seus compostos.
A partir de 1870, as teorias de Cannizzaro foram consagradas mundialmente. Em 1891, a Royal Society concedeu-lhe a Medalha Copley, em reconhecimento por suas valiosas contribuições para o desenvolvimento da teoria atômica.