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Stefan Zweig Escritor austríaco

28/11/1881, Viena , Áustria

23/02/1942, Petrópolis, Rio de Janeiro

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

13/08/2005 15h02

Filho de uma família burguesa e educado na Áustria, na França e na Alemanha, Stefan Zweig graduou-se em filosofia e letras. Sua primeira coletânea de poemas, Silberne Seiten (Cordas de Prata) foi publicada em 1902.

Apaixonado pela literatura inglesa e francesa, o escritor traduziu para o alemão obras de Keats, Morris, Yeats, Verlaine e Baudelaire. Seu círculo de amizades incluía Rimbaud, Romain Rolland, Rainer Maria Rilke, Thomas Mann e Sigmund Freud, com o qual se correspondeu entre 1908 e 1939.

Seu sucesso como autor dramático foi confirmado em 1912, quando suas peças "A metamorfose da comédia" e "A mansão à beira mar" foram apresentadas em Viena. Durante a Primeira Guerra Mundial, em 1915, casou-se com a escritora Friderike von Winsternitz e comprou uma casa em Salzburgo, aonde viveu por 15 anos. Foi uma das fases mais ricas de sua produção literária. Ele escreveu as biografias de Dostoievski, Dickens, Balzac, Nietzsche, Tolstoi e Stendhal. Anos mais tarde lançou as biografias de Maria Antonieta, Fouché, Rilke e Romain Rolland.

Conseguiu o reconhecimento como narrador, poeta e ensaísta durante os anos de 1920 e 1930. Desse período destacam-se os romances "Amok" (1922), "Angústia" (1925) e "Confusão de Sentimentos" (1927), baseados na psicanálise.

Judeu, humanista, pacifista e crítico do nazi-fascismo, teve seus livros proibidos e queimados em praça pública. Em 1933, sua novela "Ardor Secreto" foi adaptada para o cinema, incitando a ira dos nazistas contra o escritor e seu contrato com a editora foi suspenso. Em 1934, Zweig iniciou sua peregrinação pelo mundo. Inicialmente radicado na Inglaterra, que lhe concedeu cidadania, Zweig se casou com sua secretária, Charlotte Elizabeth Altmann.

Quatro anos mais tarde foi para Nova York e acabou se mudando para o Brasil em 1941. O país o inspirou a escrever "Brasil, país do futuro". Morando em Petrópolis, cidade serrana do Rio de Janeiro, finalizou sua autobiografia, "O mundo que eu vi"; escreveu a novela "O jogador de xadrez", e deu início à obra "O Mundo de ontem", um trabalho autobiográfico com uma descrição da Europa antes de 1914.

Em 1942, deprimido com o crescimento da intolerância e do autoritarismo, e sem esperanças no futuro da humanidade, Zweig escreveu uma carta de despedida e suicidou-se com a mulher "Lotte", com uma dose fatal de barbitúricos.