Thomas Mann Escritor alemão
6-6-1875, Lübeck
12-8-1955, Zürich
Thomas Mann recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1929. É considerado um dos romancistas alemães mais importantes do século XX. Filho de família burguesa, obteve apenas um diploma intermediário e iniciou sua colaboração em diversas publicações diárias. Entre 1898 e 1899, foi redator do Simplicissimus de Munique, mesmo cumprindo o serviço militar. Depois de ter escrito alguns romances, Mann publicou, em 1901, seu primeiro sucesso mundial, Buddenbrook, saga familiar de comerciantes de Lübeck, em que a perda de valores da burguesia é retratada pela decadência familiar; também constitui uma reflexão sobre contradições entre vida e espírito, arte e mundo. Este tema aparece no conto Tonio Kröger (1903). Antes que as circunstâncias políticas na Alemanha obrigassem o autor a exilar-se, foram publicados contos em Morte em Veneza, em 1912, e o romance A Montanha Mágica, em 1924. Este último livro, muito famoso, revela crítica e ironia diante da aparente decadência da burguesia na véspera da Primeira Guerra Mundial. Na tetralogia José e seus Irmãos (1933-1942), o escritor mostrou idéias sobre uma ordem social justa como opção ao nacional-socialismo. Mann casou-se, em 1905, com Katia Pringsheim, filha de um catedrático. Com ela teve seis filhos, dos quais três Erika, Klaus e Golo se dedicaram à literatura. Diante da reviravolta política que o nazismo representou, o escritor manifestou sua ideologia fortemente democrática, que o levou ao exílio em 1933, primeiramente na Suíça e depois nos Estados Unidos, em 1938. Obteve, em 1944, a nacionalidade norte-americana. Nos Estados Unidos, publicou Lotte em Weimar (1939) e o romance Doutor Fausto (1947), um ensaio literário sobre o fascismo na Alemanha. Em 1954, de novo na Suíça, publicou seu último grande sucesso, As Confissões de Félix Krull.