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Toulouse-Lautrec Pintor francês

24 /11/1864, Albi, França<p>09/09/1901, Gironde, França

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

20/08/2005 09h13

Henri-Marie-Raymonde de Toulouse-Lautrec-Monfa nasceu em uma família aristocrática, recebeu educação artística e foi um menino normal até os 14 anos, quando sofreu um acidente e quebrou o fêmur esquerdo. Menos de um ano depois, quebrou o direito. Os traumatismos, aliados a uma doença óssea congênita atrofiaram suas pernas e ele se tornou praticamente um anão, com dificuldades locomotivas. Passou, então, a dedicar cada vez mais tempo à pintura.

Em 1872, em Paris, ingressou no Liceu Fontanes e, em 1881, depois de bacharelar-se, decidiu tornar-se pintor. Um de seus primeiros mestres, Léon-Joseph-Florentin Bonnat, defensor das normas acadêmicas e contrário aos impressionistas, não gostava dos desenhos do aluno. Em 1883, Toulouse-Lautrec passou ao estúdio de Fernand Cormon, onde conheceu Van Gogh e Émile Bernard. Apesar do apoio do novo mestre, sentia a estética acadêmica como algo cada vez mais restritivo.

Montou seu próprio estúdio e passou a frequentar o bairro boêmio de Montmartre em Paris, que tornaria célebre em sua obra. Ao contrário dos impressionistas, Toulouse-Lautrec tinha pouco interesse pelas paisagens e preferia os interiores. Pintou "Moulin Rouge", "Au salon de la rue des Moulins" e inúmeros retratos.

Seu estilo transgredia as proporções anatômicas e as leis da perspectiva em favor da expressividade. Os traços rápidos e as cores intensas sugeriam movimento. A simplificação do contorno e o uso de grandes áreas em uma só cor caracterizam seus cartazes, que estão entre suas obras mais significativas.

A partir de 1892, Toulouse-Lautrec dedicou-se à litografia. Entre as mais de 300 que produziu, destaca-se a série "Elles", retratando a vida nos bordéis. Nessa época o artista já estava entregue ao alcoolismo. Em 1899, após um colapso nervoso, passou alguns meses num sanatório mas voltou a beber.

Henri de Toulouse-Lautrec morreu prematuramente, aos 36 anos, no castelo de Malromé em Gironde. Apesar da excepcional popularidade de seus cartazes publicitários e das numerosas litografias, o reconhecimento da importância estética de sua obra demorou a chegar.