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Vicente do Rego Monteiro Pintor e poeta brasileiro

19 de dezembro de 1899, Recife, Estado de Pernambuco (Brasil)<p>5 de junho de 1970, Recife, Estado de Pernambuco (Brasil)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

25/11/2008 11h29

Entre 1911 e 1914, Vicente do Rego Monteiro estudou em Paris, na famosa Academia Julien, também frequentada por Tarsila do Amaral.

Artista precoce, aos catorze anos, Vicente do Rego Monteiro teve alguns de seus trabalhos aceitos no prestigioso Salon des Indépendents. Suas telas, de tendência futurista e cubista, despertaram grande interesse na Semana de Arte Moderna, em 1922.

Em Paris, integrou o grupo L'Effort Moderne (O Esforço Moderno). Realizou experiências de tipografia com prelo manual e, entre 1947-1956, manteve em Paris a Editora La Presse à Brás (O Prelo de Mão).

Em 1960 recebeu o prêmio Guillaume Apollinaire pelo livro de poemas Broussais-La Charité.

Em 1967 voltou a expor em Paris. Instalado definitivamente no Brasil, foi professor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco e do Instituto Cultural das Artes de Brasília.

Amazônia

Vicente do Rego Monteiro uniu sua formação cosmopolita e sua vontade de absorver os novos movimentos de vanguarda, em especial o cubismo, a uma preocupação por temas de imediata referência nacional.

Durante sua estada de 1914 a 1921 no Brasil, cuidou de estudar a temática indígena da região amazônica, sobretudo narrativas lendárias, transportando-as para pinturas e desenhos já em 1920.

Quando novamente em Paris, em um ateliê cujas paredes eram forradas de telas de "inspiração linear marajoara", prepara, em 1923, a capa e as ilustrações do livro de P. L. Duchartre, Lendas, crenças e talismãs dos índios da Amazônia.

Além de pintor, Vicente do Rego Monteiro foi também, entre outras atividades, cenógrafo e editor.

Dono de um estilo singular, seus trabalhos são marcados pela simetria das composições, rigorosamente executadas, como em "Mulher Sentada". E mesmo em trabalhos assimétricos como "Goleiro", pertencente a uma série surgida a partir do gol nº 1000 de Pelé, o equilíbrio da composição é uma preocupação constante na obra do artista, além dos tons terrosos. Ele dizia: "Prefiro as cores construtivas, cores terra. Sou terráqueo, essencialmente terrestre".

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