Wellington (Arthur Wellesley) Militar e político inglês
1º de maio de 1769, Dublin (Irlanda, Grã-Bretanha)
14 de setembro de 1852, Walmer Castle, Kent (Inglaterra, Grã-Bretanha)
Arthur Wellesley, primeiro duque de Wellington, estudou em Eton e na escola militar de Angers, na França. Entrou para o exército em 1787. Foi deputado pela Irlanda de 1790 a 1795. De 1796 a 1805 viveu na Índia, como assistente do irmão, marquês de Wellesley, nomeado governador-geral em 1797.
Nomeado pelo irmão governador e supremo comandante militar de Seringapatam, destacou-se na segunda guerra contra os maratas, obtendo a grande vitória de Assaia, em 23 de setembro de 1803.
Contra Napoleão
Após breve incursão pela política, como deputado e secretário pela Irlanda, Wellington retorna à carreira militar, como comandante de um corpo expedicionário enviado à Península Ibérica (1808). Derrota o general bonapartista Jean-Andoche Junot na batalha de Vimeiro, perto de Lisboa, a 21 de agosto de 1808.
Em 1809, com a morte de Sir John Moore, assume o comando-geral das forças britânicas em Portugal. Em inferioridade numérica, obtém a vitória de Talavera (julho de 1809) e detém as forças do general Masséna, diante de Lisboa.
Em 1811 expulsa os franceses de Portugal, derrotando-os em Salamanca (1812) e entrando em Madri. Assume o comando supremo das forças na Espanha e conquista a vitória decisiva em Vitória, a 21 de julho de 1813. Obriga os franceses a atravessar os Pireneus e os persegue até Toulouse.
Os feitos militares de Wellesley o conduziram à sucessiva conquista dos títulos de conde e marquês de Wellington. É nomeado embaixador inglês junto a Luís 18, na primeira Restauração. Representa a Grã-Bretanha no Congresso de Viena. Com a volta de Napoleão, assume o comando supremo do exército aliado nos Paises Baixos. Apoiado pelo general prussiano Blücher (1742-1819), obtém a vitória final em Waterloo (18 de junho de 1815).
Duque de Ferro
Comandante dos exércitos de ocupação aliados na França, procura consolidar o poder dos Bourbons e opõe-se vigorosamente à cessão de territórios franceses à Prússia. Seu prestígio militar faz com que receba, no governo inglês, um cargo semelhante ao de ministro da defesa: Master-General of Ordnance.
Entre 1828 e 1830 ocupa o cargo de primeiro-ministro. Contrário à emancipação dos católicos, mesmo assim força a passagem da lei que a concede, evitando assim a guerra civil na Irlanda. Em 1830, opõe-se a qualquer reforma eleitoral e é derrotado pelos liberais. Em 1842 reassume a chefia do comando do exército.
Essencialmente um chefe militar, Wellington vê o seu prestígio declinar na década de 1830, especialmente ao se opor à Reform Bill (lei de reforma eleitoral), em 1831-1832. Nos últimos anos de vida, o início da era vitoriana na Inglaterra transforma-o novamente num ídolo. Ambicioso, aristocrata irredutível, seu nome está ligado, para sempre, à vitória de Waterloo. É chamado de The Iron Duke - O Duque de Ferro.