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Wolfgang Amadeus Mozart Compositor austríaco

27/01/1756, Salzburgo, Áustria<p>05/12/1791, Viena, Áustria

Da Página 3 Assessoria & Comunicação

01/03/2006 09h13

Em janeiro de 2006 comemorou-se o 250o aniversário do nascimento de Mozart.

Mozart foi batizado em Salzburgo com o nome Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart, mas ele constantemente alterava a forma como queria ser chamado.

O nome do meio, "Theophilus", significa, em grego, "Amigo de Deus" ou, na versão latina, "Amadeus". Era também frequente que soletrasse o seu nome de trás para frente.

Wolfgang foi um menino prodígio, que começou a tocar piano aos três anos e aos cinco já compunha minuetos para cravo. Ainda criança escreveu duetos e pequenas composições para dois pianos, para serem interpretadas com sua irmã, Nannerl.

Em 1763 seu pai, Leopold Mozart, também compositor, o levou, junto com a sua irmã, por uma turnê pela França e Inglaterra. Em Londres, Mozart conheceu Johann Christian Bach, último filho de Johann Sebastian Bach, que exerceria grande influência em suas primeiras obras.

Entre 1770 e 1773 visitou a Itália por três vezes. Lá, compôs a ópera Mitridate. Em 1772, o conde Hieronymus Colloredo foi eleito arcebispo de Salzburgo. Como fizesse questão que seus músicos permanecessem na corte, Mozart passou a maior parte da juventude em Salzburgo, como mestre de concerto, compondo missas, sonatas, serenatas e outras obras. Mas o ambiente de Salzburgo o deixava insatisfeito.

O primeiro concerto para piano de Mozart, o Concerto Jeunehomme foi dedicado à pianista francesa Mademoiselle Jeunehomme, que visitou Salzburgo no inverno de 1776-1777 e dizem que teria despertado uma paixão em Mozart.

A sua primeira grande sinfonia, a Sinfonia Paris, foi composta em 1778, durante uma viagem à Cidade Luz. Em 1781, Colloredo ordenou a Mozart que se juntasse a ele e sua comitiva em Viena. O músico pediu demissão e passou a viver da renda de concertos, da publicação de suas obras e de aulas particulares.

Os cinco anos seguintes foram muito produtivos, com as óperas "Idomeneo" e "O Rapto no Serralho", sonatas para piano, música de câmara e principalmente com uma sequência de concertos para piano. Em 1782 Mozart se casou, contra a vontade do pai, com Constanze Weber.

Em 27 de outubro de 1783 Mozart e sua mulher partiram de Salzburgo com destino a Linz, também na Áustria. Chegando lá, Mozart escreveu a seu pai, dizendo: "Preciso dar um concerto aqui e, como não trouxe comigo nenhuma sinfonia, estou compondo uma nova o mais rápido que posso". O concerto estava marcado para quatro dias depois. Na data marcada, 4 de novembro, a Sinfonia Linz foi apresentada ao público.

Em 1786, Mozart compôs a primeira ópera com a colaboração de Lorenzo da Ponte: "As Bodas de Fígaro". O sucesso em Praga foi tão grande que Mozart recebeu a encomenda de uma nova ópera. Esta seria "Don Giovanni", considerada por muitos a sua obra-prima.

Mozart ainda escreveria "Così Fan Tutte", com libreto de Da Ponte, em 1789. No ano seguinte, para as festividades da coroação de Leopoldo 2o, imperador da Áustria, Mozart criou o Concerto da Coroação.

Apesar da genialidade, seu talento não era plenamente reconhecido em Viena. Mesmo assim, continuou compondo obras-primas como quintetos de cordas, sinfonias e um divertimento para trio de cordas, mas nos seus últimos anos a sua produção declinou devido a problemas financeiros e à precariedade da sua saúde e da sua esposa Constanze.

Em 1791 compôs suas duas últimas óperas: "A Clemência de Tito" e "A Flauta Mágica", seu último concerto para piano e o Concerto para Clarinete em Lá Maior. Na primavera desse ano, recebeu a encomenda de um Réquiem.

Morreu antes de terminá-lo e foi enterrado numa vala comum de Viena. Foi seu aluno Franz Xaver Süssmayer quem completou a orquestração e escreveu o resto da música, baseando-se em parte em anotações deixadas pelo próprio mestre.

O catálogo geral das obras de Mozart foi realizado pelo botânico, mineralogista e biógrafo musical alemão Ludwig Köchel (1800-1877). Quando morreu ele já havia composto algo em torno de 600 obras, entre sinfonias, cantatas, concertos e sonatas para piano, entre outras peças.