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Zachary Taylor Presidente dos EUA em 1849 e 1850

24/11/1784, Barboursville, Virgínia

09/07/1850, Washington (D.C.)

Da Redação<br>Em São Paulo

28/02/2004 16h48

Os Estados Unidos cvaminhavam rapidamente pra uma crise após a conquista dos territórios do Texas, Califórnia, Novo México e Oregon, durante a gestão do democrata James Polk. Os Estados que compunham o país, divididos entre escravocratas e não-escravocratas - sul e norte - exigiam que os novos territórios seguissem a política que praticavam.

Nascido no Estado da Virgínia em 1784, ele foi criado em uma plantação do Kentucky, Estado vizinho. Um oficial de carreira do Exército, passou a residir em Baton Rouge, no Estado da Louisiana, e se tornou proprietário de uma plantação no Estado do Mississippi - todos no sul dos EUA).

Mas Taylor não defendia a escravidão nem a secessão do Sul. 40 anos no Exército o tornaram um forte nacionalista. Ele policiou fronteiras contra os índios e venceu batalhas contra o México.

Os modos simples do "Old Rough and Ready" (velho grosso e pronto para a briga) eram capitais políticos. Seu longo histórico militar tinha apelo junto aos nortistas; o fato de possuir 100 escravos atraía os votos dos sulistas. Ele não tinha se comprometido em questões problemáticas.

Os whigs o indicaram para concorrer contra o candidato democrata, Lewis Cass, que era favorável a deixar os moradores dos territórios decidirem sozinhos se queriam ou não a escravidão.

Em protesto contra Taylor e Cass, os nortistas que eram contra a extensão da escravidão aos territórios formaram o Free Soil Party (Partido do Solo Livre) e indicaram o ex-presidente democrata Martin Van Buren (1837-1840). Na apertada eleição de 1848, o Free Soil Party tirou votos suficientes de Cass para que Taylor fosse eleito presidente.

Alguns Estados sulistas ameaçavam secessão. Já presidente, Zachary Taylor estava disposto a manter a União por meio das forças armadas e não por meio de acordos.

Tradicionalmente, as pessoas podiam decidir se queriam ou não a escravidão quando elaboravam as novas Constituições estaduais. Portanto, para encerrar a disputa em torno da escravidão em novas áreas, o presidente Taylor pediu ao Novo México e à Califórnia que redigissem Constituições e pedissem a condição de Estado, saltando o estágio de território.

Os sulistas ficaram furiosos, já que era improvável que a Constituição de algum dos dois Estados fosse permitir a escravidão; os membros do Congresso Nacional, de onde os sulistas esperavam leis escravagistas, ficaram alarmados, já que sentiram que o presidente estava usurpando suas prerrogativas de elaboração de políticas.

Além disso, a solução de Taylor ignorou várias questões paralelas sérias: a irritação do Norte com o mercado de escravos que operava no Distrito de Colúmbia (onde fica Washington, capital do país); e as exigências do Sul de uma lei mais severa para os escravos fugitivos.

No início de 1850, Taylor realizou uma conferência com os líderes do Sul que ameaçavam secessão. Ele disse a eles que quem for "pego em rebelião contra a União será enforcado... com menos relutância com que foram enforcados os desertores e espiões no México". Ele nunca cedeu.

Então os eventos sofreram uma reviravolta inesperada. Após participar das cerimônias de 4 de julho no Monumento de Washington, Taylor passou mal. Cinco dias depois ele estava morto. Após sua morte, as forças do compromisso triunfaram, mas a guerra que Taylor estava disposto a enfrentar ocorreu 11 anos depois. Nela, seu único filho, Richard, serviu como general no Exército Confederado.

Com informações da The White House Historical Association