Zenão de Eléia Filósofo pré-socrático grego
464/461 a.C., Eléia (península Itálica)
Zenão viveu com seu mestre, Parmênides, que o adotou como filho. Foi célebre e muito respeitado como professor. Tinha residência fixa em Eléia, negando-se a viver em Atenas. Segundo as lendas, teria salvado um Estado (não se sabe se Eléia ou Sicília) de seu tirano.
Diz-se que Zenão - tendo participado de uma conjuração para derrubar o tirano - foi traído e preso. Quando o tirano, diante de seu povo, o torturou para que confessasse os nomes dos outros, Zenão delatou os próprios amigos do tirano e ainda o chamou de "a peste do Estado".
A morte de Zenão teria erguido os cidadãos contra o tirano, conquistando a liberdade. Outros dizem que Zenão, ao ser interrogado, teria cortado a língua com os próprios dentes e a cuspido no rosto do tirano, para mostrar que nada diria.
A filosofia de Zenão era, em seu conteúdo, semelhante à de Xenófanes e Parmênides, cujas idéias defendeu pelo método da "redução ao absurdo", ou seja, extraindo conclusões contraditórias das idéias de seus adversários. Argumentava que o que existe é uno: "O verdadeiro é apenas o um, todo o resto é não-verdadeiro".
Zenão defendeu Parmênides contra as críticas dos adversários, principalmente os pitagóricos. Escreveu várias obras em prosa: "Discussões", "Contra os Físicos", "Sobre a Natureza" e "Explicação Crítica de Empédocles", das quais apenas fragmentos sobreviveram.