Uma conquista da saúde
Em 15 de agosto, a OMS (Organização Mundial da Saúde) lançou o “Relatório Mundial de Saúde 2013: Pesquisa para a cobertura universal de saúde” em Pequim, na China.
Durante o evento, a OMS solicitou que os países continuem investindo em pesquisas locais como passo para o desenvolvimento de um sistema de cobertura de saúde universal e acessível. Segundo divulgação da OMS, a diretora-geral da instituição, Margaret Chan, disse que a cobertura universal “é o conceito mais poderoso que a saúde pública tem para oferecer”.
Aqui no Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde foi lançada em 12 de agosto, por obra do Ministério da Saúde, realização do IBGE e apoio científico da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
As diretrizes da pesquisa foram formuladas por um grupo do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz junto com pesquisadores do Ministério da Saúde, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, da Universidade de São Paulo e de outras unidades da Fiocruz.
A união de esforços valoriza a importância da Pesquisa Nacional de Saúde para que o governo tenha uma visão atualizada das necessidades da população e possa, a partir de análises, definir prioridades, implantar políticas públicas adequadas e medir resultados.
De corpo inteiro
Iniciado em agosto, o levantamento deverá se estender até o final de outubro. Esta não é a primeira vez que o IBGE coleta informações sobre saúde nas pesquisas que realiza, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Mas é, sim, a primeira vez que o instituto realiza uma pesquisa inteiramente voltada para a saúde.
A partir desta iniciativa, o IBGE passa a oferecer um sistema integrado de pesquisas domiciliares, que proporcionará informações significativas para os mais diversos fins e, sobretudo, para o planejamento e monitoramento de políticas públicas.
A Pesquisa Nacional de Saúde tem abrangência nacional e deverá cobrir 80 mil domicílios em aproximadamente 1.600 municípios. Cerca de mil entrevistadores foram capacitados para aplicar três tipos de questionários: o domiciliar, nos moldes do Censo; o de todos os moradores de um domicílio; e o individual, que deverá ser respondido por um dos moradores, de 18 anos ou mais, selecionado aleatoriamente para falar sobre doenças crônicas não transmissíveis, estilos de vida e acesso a atendimento médico.
As novidades da pesquisa vão além dos questionários e incluem tomadas de medidas de peso, altura, circunferência abdominal e pressão arterial do morador selecionado. Posteriormente, ele também se submeterá a exames de sangue e urina a serem realizados por laboratórios credenciados pelo Ministério da Saúde em todas as localidades. A coleta laboratorial será em domicílio e previamente agendada.
Iniciativa de fôlego
Só essa iniciativa, mesmo que seja por amostragem em 25% das áreas visitadas pelo IBGE, já será um avanço na atenção para com a população brasileira, principalmente aqueles desprovidos de acesso a qualquer tipo de exame. Isso porque, de acordo com os resultados obtidos, aqueles que necessitarem de orientação serão encaminhamos para a rede assistencial do SUS (Sistema Único de Saúde).
Por sua vez, os questionários são minuciosamente focados em questões relevantes sobre a saúde de idosos, saúde da mulher, saúde das crianças com menos de dois anos de idade, pré-natal, acidentes, doenças crônicas, saúde bucal e outros.
A gama de informações decorrentes da Pesquisa Nacional de Saúde abrirá caminho para o planejamento e a execução de políticas de saúde de que tanto carecem segmentos da população, como deficientes, idosos e portadores de doenças crônicas.
Para saber se o seu município foi selecionado para a Pesquisa Nacional de Saúde, acesse o site da pesquisa.
Procure se informar sobre a abrangência da pesquisa e, se procurado pelo IBGE, colabore. Esta é uma oportunidade para cada entrevistado fazer a diferença em defesa de um bem valioso e intransferível.
* Homenagem a Engel Paschoal (7/11/1945 a 31/3/2010), jornalista e escritor, criador desta coluna
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