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Arte acadêmica - A pintura com rigor formal

Valéria Peixoto de Alencar, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Os termos academicismo e academismo, ou ainda, arte acadêmica, denominam um estilo artístico europeu que existiu entre os séculos 17 e 19, caracterizado pela tentativa de manter com rigor as regras formais, estéticas e técnicas do estilo das academias de arte.

Observe a seguinte reprodução da obra de Pedro Américo:







Você já deve ter visto esse quadro em livros ou até mesmo ao vivo (ele está no Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga em São Paulo - Clique para ver lista de site de museus do Brasil e do mundo).

O que você sabe sobre ele? Olhando para a obra, você acha que o pintor estava lá, presente e retratou o fato?

Pedro Américo sequer era nascido em 1822. A casa ao fundo (à direita) também não existia na época. Sendo assim, porque o pintor retratou o acontecimento desta forma?

Beleza ideal
Uma das características gerais da pintura acadêmica é seguir os padrões de beleza da Academia de Belas Artes, ou seja, o artista não deve imitar a realidade, mas tentar recriar a beleza ideal em suas obras. Sim, a ideia foi retratar o fato como grandioso, com o intuito de enaltecer o Império e o nacionalismo - o Brasil havia proclamado sua independência havia pouco tempo.

O academismo, importado da Europa, dominou as artes plásticas no Brasil até o início do século 20. Por isso, prevaleciam temas históricos e mitológicos nas pinturas daquele período, temas típicos do neoclassicismo.

O centro de referência do movimento e a referência histórica mais importante no país era a então Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, que foi inaugurada em 1826 pelos artistas da Missão Artística Francesa.

Os principais artistas acadêmicos são:



  • Pedro Américo de Figueiredo e Melo: Sua pintura abrangeu temas bíblicos e históricos, mas também realizou retratos imponentes, como o de dom Pedro 2o na Abertura da Assembleia Geral, que é parte do acervo do Museu Imperial de Petrópolis (RJ). Mas a sua obra mais conhecida é mesmo "O Grito do Ipiranga".
     
  • Vitor Meireles de Lima: Em 1861, produziu em Paris a sua obra mais famosa, "A Primeira Missa no Brasil". No ano seguinte, já em nosso país, pintou "Moema", que retrata a personagem indígena do poema "Caramuru", de Santa Rita Durão. Os temas preferidos de Meireles eram os históricos, os bíblicos e os retratos.
     
  • José Ferraz de Almeida Júnior: é considerado por alguns críticos o mais brasileiro dos pintores nacionais do século 19. Suas obras retratam temas históricos, religiosos e regionalistas. Além disso produziu retratos, paisagens e composições. Suas obras mais conhecidas são: "Caipira Picando Fumo", "O Violeiro" e "Leitura".



     

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