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Novos países - Territórios podem ganhar independência

Noth Bridge, centro de Edimburgo, capital da Escócia: o país de 5 milhões de habitantes, integrado ao Reino Unido desde o século XVIII, pleiteia a independência - Página 3
Noth Bridge, centro de Edimburgo, capital da Escócia: o país de 5 milhões de habitantes, integrado ao Reino Unido desde o século XVIII, pleiteia a independência Imagem: Página 3

Ronaldo Decicino, especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

(Atualizado em 03/01/2014, às 16h43)

Um mundo globalizado é, por definição, um mundo sem fronteiras. No entanto, existem cada vez mais territórios querendo criar suas próprias fronteiras, e esta tendência se apresenta em diferentes países.

Na verdade, o livre comércio e o separatismo parecem caminhar lado a lado. A globalização permite que até pequenos povos criem novos países - viáveis e integrados economicamente.

Veja, a seguir, os territórios que possuem mais chance de se tornarem novos países. E, também, o caso das Coreias, duas nações que podem recriar um antigo país:

Quebec

-Hoje pertence ao Canadá.

-População: 8 milhões de habitantes

Há 40 anos a ex-colônia francesa pressiona, com partidos e referendos, por algum tipo de independência, mesmo que mantendo laços com o Canadá britânico.

Groenlândia

- Hoje pertence à Dinamarca.

- População: 60 mil habitantes.

A ilha, já soberana em questões jurídicas e de governo, adotou uma língua oficial, o kalaallisut, idioma falado pelos esquimós, que correspondem a 90% dos groenlandeses.

Catalunha

- Hoje pertence à Espanha.

- População: 7 milhões de habitantes.

O fato de o governo espanhol conceder autonomia às províncias acalmou os separatistas bascos, mas atiçou os catalães, que lutam para que Barcelona seja a capital de um novo país.

Santa Cruz

- Hoje pertence à Bolívia.

- População: 2,5 milhões de habitantes.

Rica em gás natural, a região lidera a oposição às reformas socializantes do governo de Evo Morales. Se as divergências aumentarem, a região pode seguir seu próprio caminho.

Escócia

- Hoje pertence ao Reino Unido.

- População: 5 milhões de habitantes.

A independência seria inevitável, não fossem algumas medidas tomadas pelo parlamento local, que deixa os escoceses receosos.

Saara Ocidental

- Hoje pertence ao Marrocos.

- População: 500 mil habitantes.

Desde 1975 uma ex-colônia espanhola, o Saara Ocidental nunca foi, de fato, do Marrocos, que, gradativamente, o está cedendo à guerrilha pró-independência.

Crimeia

- Hoje pertence à Ucrânia.

- População: 2 milhões de habitantes.

A península pressiona para sair da Ucrânia e viver à sombra da Rússia, de onde vêm 2/3 de seus habitantes e para a qual emprestou, até 2017, parte do território e uma base naval.

Curdistão

- Hoje está dividido entre Irã, Iraque, Síria e Turquia.

- População: 25 milhões de habitantes.

Desde a invasão do Iraque, os curdos são tratados como aliados do ocidente, o que fortaleceu a luta pela independência da região.

Cabinda

- Hoje pertence a Angola.

- População: 300 mil habitantes.

É de lá que vêm 80% do petróleo que impulsiona a reconstrução de Angola. Separada geograficamente do país, a região ainda tem grupos armados que reivindicam sua independência.

Sudão do Sul

- Hoje pertence ao Sudão.

- População: 8 milhões de habitantes.

Em 2011, essa região, habitada por negros cristãos e animistas, irá às urnas para dizer se permanece unida ao norte, de árabes muçulmanos. Após 22 anos de guerra civil, dois milhões de mortos e quatro milhões de refugiados, a independência é mais que prevista.

Coreia

- Hoje a antiga Coreia encontra-se dividida, formando dois países independentes.

- População: 75 milhões de habitantes.

Contrariando a tendência mundial de separação, a reunião das Coreias do Norte e do Sul, com predominância da última, parece apenas uma questão de tempo. O prazo é prolongado pela duração da ditadura de Kim Jong-Il e por temores dos vizinhos da nova potência.

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