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Noções de morfossintaxe - Nomes e pronomes

Altair Malacarne, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Nossa linguagem se prende a duas realidades do mundo em que vivemos: a estática e a dinâmica. Para falar desta última, criamos o verbo - mesmo que seja para se fazer referência a uma dinâmica 'estática', por exemplo: pensar.

Para expressar a realidade estática, criamos o nome - ainda que seja um nome de processo, por exemplo: o pensamento.

O nome encabeça a realidade dinâmica e indica o sujeito e o objeto de um verbo: "O menino atravessou a rua".

Em torno dos nomes e dos verbos gira toda a estrutura da comunicação linguística entre as pessoas.

Às vezes, usa-se uma palavra que não informa as características do objeto referido: "Ele a atravessou". Trata-se de palavras vazias de sentido externo à frase. Elas são chamadas de pronomes.

Determinante e determinado

Tanto nomes como pronomes podem ser:

a) determinante: termo que tem por função especificar o sentido de um outro termo;

b) determinado: termo cujo sentido é especificado pelo anterior, sendo a ele subordinado.

Como determinantes, nomes e pronomes são adjetivos. Por exemplo: Marinheiro brasileiro.

Como determinados, eles são substantivos. Por exemplo: Marinheiro brasileiro.

Nos dois exemplos, o adjetivo "brasileiro" qualifica, especifica ou determina o substantivo "marinheiro".

As gramáticas tradicionais não falam em nome como classe de palavra. Na verdade, substantivo e adjetivo são subclasses do nome e do pronome.

Então, o substantivo será um nome ou pronome que desempenhe a função de determinado. Mesmo que não tenha a forma típica do substantivo, qualquer palavra pode ser um substantivo se for um determinado. Veja os exemplos:

  • O entardecer chegou.
  • Meu não é não.
  • Ninguém sabe como será o amanhã.

A rigor, as palavras em negrito seriam, respectivamente, um verbo, um advérbio de negação e um advérbio de tempo. Porém, sendo determinados (pelo artigo ou pelo pronome), tornam-se substantivos.