Signo - Conceito básico da linguagem
Vivemos em um mundo onde existem plantas, árvores, rochas, montanhas, rios, lagos, casas, edifícios, aviões, enfim, uma imensa quantidade de coisas. Boa parte desses objetos foram feitos pela natureza e muitos deles já existiam antes que o homem aparecesse na face da Terra. Outros, porém, foram criados pelos seres humanos e, nesse sentido, pode-se estabelecer uma distinção entre as coisas naturais e as culturais - aquelas criadas pela inteligência de nossa espécie.
O modo como entendemos e interpretamos esses dois mundos está diretamente relacionado aos signos que criamos para nos referir a eles - signos que, também eles, enquadram-se na categoria das coisas culturais.
Observe as imagens:
Na primeira imagem, o objeto concha deve ser compreendido como símbolo da fecundidade, pois dele brota a figura da Vênus. Na segunda, por outro lado, ela é o símbolo de uma empresa. Em ambos os casos, a imagem da concha não remete à coisa que chamamos de concha no sentido literal, estrito, mas a um conjunto de significados relacionados a dois momentos distintos da história ocidental, o século 15 e o século 20. Nos dois casos, portanto, ela é um signo.
O signo é um objeto material que representa outro, isto é, está no lugar de outro, diferente dele mesmo. Veja outro exemplo:
Concha
No lugar do objeto real, está um conjunto de sinais gráficos, as letras, que pode ser decifrado por quem conheça o código, no caso a língua portuguesa. A linguagem é de natureza simbólica. Quando uma pessoa fala, escreve, desenha, pinta, compõe uma música está usando um conjunto de sinais - sons, letras, traços, cores - para expressar alguma coisa.
Quando compreendemos uma conversa, analisamos um desenho, observamos uma fotografia estamos decifrando códigos, que são do nosso conhecimento. Podemos dizer, então, que a linguagem designa a faculdade de que os humanos dispõem para se compreenderem por meio de signos.
Observe a imagem abaixo:
Por que será que o autor deu esse título à sua obra? Talvez, ele tenha querido mostrar que tendemos a considerar os signos como se fossem o objeto real, não é mesmo?
Todo sistema de comunicação é constituído por um código, que permite a troca de informações. Um código é formado por um conjunto de sinais, organizado de acordo com determinadas regras e em que cada um dos elementos tem significado em relação aos demais. Assim, para haver comunicação é preciso existir o conhecimento de um código pelas duas partes envolvidas na situação comunicativa: quem envia a informação e quem a recebe.
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