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Sujeito - Núcleo e classificação

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

O sujeito, um termo essencial da oração, é de quem (ou do quê) fala o verbo (quem morre? quem foi às compras? quem estava florindo?). Pode ter um ou mais núcleos.

No exemplo "Tonico mora no interior de São Paulo", o sujeito da oração - "Tonico" - é composto por uma só palavra. Mas o sujeito pode ser composto por mais de uma palavra.

Suponha que disséssemos:
"O meu amigo Tonico mora no interior de São Paulo".

Qual o sujeito desta oração? "O meu amigo Tonico", isto é, o nome próprio Tonico, precedido pelo artigo "O" e pelo pronome possessivo "meu".

Veja as seguintes orações:

a) Minha tataravó já morreu.

b) As belas modelos do Brasil encantam o mundo.

c) O safado do presidente se faz de ingênuo.

Os sujeitos de todas elas são expressos por mais de uma palavra.
Em a) "Minha tataravó";
em b) "As belas modelos do Brasil";
em c) "O safado do presidente".

No entanto, uma das palavras que constitui cada um desses sujeitos é mais importante que as demais, pois ela é propriamente o termo sobre o qual se diz alguma coisa. Essa palavra é chamada de núcleo do sujeito. Nos exemplos citados, os núcleos do sujeito são, respectivamente, "tataravó", "modelos" e "presidente".

Núcleo do sujeito é, portanto, a palavra principal que forma o sujeito.


 

Classificação do sujeito

Além disso, existem duas categorias ou tipos básicos de sujeito. São elas:

1) Sujeito determinado: É identificado pelo contexto ou pela terminação do verbo (que sempre concorda com o sujeito). São determinados todos os sujeitos que vimos nas três orações acima.

Observe que o sujeito determinado pode ser:

a) Simples: caso tenha um único núcleo. Exemplo:
Um homem alto abriu a porta.
O sujeito (quem abriu a porta?) é "um homem alto", ou seja, três palavras. Mas o "núcleo do sujeito" é homem. Ou seja, não é "um" quem está abrindo a porta, nem "alto", mas sim "homem". Logo, Núcleo do sujeito: "homem". Uma única palavra, sujeito determinado simples.

b) Composto: caso tenha mais de um núcleo. Exemplo:
Os tigres e os rinocerontes estão ameaçados de extinção. Núcleos do sujeito: "tigres" e "rinocerontes".

c) Oculto, elíptico ou desinencial: caso não esteja expresso na oração, mas possa ser identificado pela terminação (ou desinência) do verbo. Exemplo:
Ficamos abestalhados com tanta corrupção.
Veja, a desinência "amos" refere-se à primeira pessoa do plural, "nós".

2) Sujeito indeterminado: é aquele que não se pôde ou não se quis apontar e que também não se pode identificar pelo contexto ou pela terminação verbal. O sujeito indeterminado pode acontecer:

a) Com o verbo na terceira pessoa do plural não se referindo a nenhum substantivo no plural ou aos pronomes "eles" e "elas" anteriormente mencionados. Exemplo: Bateram minha carteira no ônibus.

b) Com verbos intransitivos, transitivos indiretos ou de ligação, na terceira pessoa do singular, acompanhados da partícula "se". Exemplo: Trata-se de um ladrão hábil, de um mão leve.



Oração sem sujeito

Apesar de ser um termo essencial da oração, o sujeito pode não existir em algumas orações. São as orações de sujeito inexistente, ou orações sem sujeito. (O mesmo não pode acontecer com o predicado - toda oração possui um).

No caso de orações sem sujeito, o processo que o verbo expressa refere-se a si mesmo e não pode ser atribuído a ninguém.

Em geral, são orações sem sujeito:

a) As que se referem a fenômenos da natureza. Exemplos:
Anoitece tarde no horário de verão. (pense: "quem é que anoitece tarde no horário de verão?", obviamente, 'ninguém anoitece. A oração não tem sujeito!)

Choveu muito ontem. (ninguém chove!)

Está trovejando. (o mesmo raciocínio!)

b) As que apresentam os verbos "haver", "fazer" e "ser", empregados de forma impessoal, como nos exemplos: Há poucos leitores no Brasil. Faz três anos que me mudei dali. Hoje são oito de fevereiro.

A propósito, cabe aqui uma observação: O verbo da oração sempre concorda com o sujeito em pessoa e número. Não se pode dizer, por exemplo, "ela vivemos na Europa", nem "nós vive na Europa". Sendo assim, volte umas linhas, ao item b e note que, embora estejamos nos referindo a "poucos leitores" e a "três anos" o verbo está no singular, assim como ao nos referirmos a "hoje" o verbo está no plural - o que reforça a ideia de inexistência de sujeito.

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