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Estratégias para salvar você da recuperação final

Imagem: Carlos Cecconello/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

17/11/2016 17h07

Com o fim do ano letivo batendo à porta, a preocupação dos alunos com as notas aumenta --principalmente para aqueles que estão devendo pontos e correm o risco de fazer as temidas provas de recuperação final.

Apesar de já estarmos em novembro, no quarto e último bimestre letivo do ano, especialistas afirmam: seja qual for a situação do boletim escolar até o momento, não é hora de jogar a toalha e desistir --ainda dá tempo de correr atrás do prejuízo!

"A boa notícia é que mudanças simples na rotina são capazes de produzir um alto impacto na capacidade de aprender, assimilar a aplicar os conhecimentos no momento das provas", afirmam Taís e Roberta Bento, fundadoras do projeto Socorro, meu filho não estuda.

Mas elas avisam: como não existem milagres em termos de aprendizagem, um esforço extra será necessário para toda a família, que deve estar envolvida em todos os passos desse processo. Acima de tudo, o importante é que o aluno não desanime e confie na sua capacidade em conseguir bons resultados nas provas deste último período.

5 estratégias para fugir da recuperação final

  • Prepare um plano de estudos

    "É muito importante que o aluno tenha uma rotina de estudos, que ele compreenda que se ele estudar um pouquinho a cada dia vai aprender mais e melhor", afirma Adilson Garcia, diretor do Ensino Fundamental II e Médio do Colégio Vértice.

    Roberta e Taís reforçam que, na organização dessa rotina, é importante detalhar os horários de estudo dedicados para cada matéria, já que o cérebro fica preparado para se concentrar quando sentamos para estudar no mesmo horário todos os dias.

  • Refaça exercícios e provas

    Estudar apenas lendo a matéria ou grifando textos pode levar a uma armadilha conhecida como ilusão de aprendizagem, afirmam Taís e Roberta. "Isso significa que somos capazes de ler um texto enquanto pensamos em outros assuntos, o que resulta em zero aprendizado ao final da leitura", explicam.

    Para garantir um bom rendimento do tempo de estudo, o caminho é refazer exercícios e provas. Como essa atividade envolve outros sentidos além da visão, o aprendizado acaba sendo maior.

    "Sempre é importante fazer exercícios -- não só de matemática, mas também de filosofia, geografia, história, química. O aluno deve fazer os exercícios programados e depois ver se a resposta que colocou está correta. Para isso, ele pode ir até o professor ou conferir com os próprios colegas", ressalta o professor Adilson.

  • Faça fichas de dificuldade

    Outra boa tática é a construção de fichas de dificuldade, que podem ser feitas pelo próprio aluno, sozinho, ou com o auxílio de um professor. Elas devem ter pequenos resumos e exercícios programados dos conteúdos em que o estudante apresentou mais dificuldade.

    "Em matemática, por exemplo, vamos supor que dentro da geometria o aluno esteja trabalhando com ângulos. Nessa ficha vão existir alguns tópicos com informações básicas do conteúdo, como a soma dos ângulos internos de um triângulo deve ser 180º", explica o professor Adilson.

    Em uma leitura rápida, o aluno deve acertar todos os tópicos listados para então partir para os exercícios, que podem ser organizados por nível de dificuldade.

    "Essas fichas podem servir como um livro individualizado para cada aluno, porque vão refletir as dificuldades que ele teve e que não vão ser as mesmas de outro estudante", conta.

  • Procure dormir bem

    Nada de virar madrugadas estudando: ter uma boa noite de sono é fundamental para que o cérebro armazene e organize o conteúdo que aprendemos ao longo do dia, lembram Taís e Roberta.

    "Ao dormir menos, acabamos acordando com o cérebro ainda povoado de toxinas que precisariam de mais tempo para serem eliminadas. Por isso, não há tempo para que o processo de assimilação de conteúdos seja completado", explicam.

  • Mantenha uma atividade física

    Roberta e Taís lembram que, além de ser um bom escape para o estresse, a atividade física tem um forte impacto positivo em nossa capacidade de aprender. Por isso, mesmo com a correria e a pressão por melhores notas neste reta final do ano letivo, não é bom deixar as atividades físicas de lado.

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