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Veja 10 dicas (imperdíveis) para fazer uma boa redação

Colaboração para o UOL, em São Paulo

28/09/2015 05h00

A redação costuma assustar os estudantes na hora de fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que neste ano acontece nos dias 24 e 25 de outubro.

Se você é da turma que tenta se garantir decorando muitas, muitas informações sobre as chamadas atualidades, vários assuntos contemporâneos, atenção! 

É claro que acompanhar o noticiário ajuda bastante, já que assim você consegue alguma familiaridade com os principais temas do momento. Mas isso não é tudo.

A chave está além da decoreba: importa mais articular as informações disponíveis numa exposição coerente e bem construída, demonstrando que sua capacidade de desenvolver um texto crítico que ofereça soluções, com argumentos sólidos.

Dicas dos professores para uma boa dissertação

  • Imagem: Marcelo Soares/Folha Imagem
    Imagem: Marcelo Soares/Folha Imagem

    Leia (muito!)

    Quer escrever bem? Então leia. E muito. Essa recomendação é unânime entre os entendidos da área. Pode ser livros, revistas, jornais, sites na internet... "A leitura é um elemento fundamental para a construção de uma boa redação", diz a professora de gramática e redação Liliane Negrão, da Oficina do Estudante. "O aluno que quer escrever bem precisa ler, ler muito. Isso faz com que ele não somente pratique como também enriqueça seu repertório, o que é fundamental para que os argumentos do texto ganhem profundidade e não sejam rasos." Leia mais

  • Imagem: Lynn Bo Bo/EPA/Efe
    Imagem: Lynn Bo Bo/EPA/Efe

    Informe-se sobre o mundo

    Que paralelos podem ser feitos entre recentes casos de racismo no Brasil e a crise de imigração na Europa? E o avanço do Boko Haram na Nigéria e os crimes do Estado Islâmico no Oriente Médio? Familiarizar-se com as questões mais urgentes no que tange à violação dos direitos humanos é fundamental, segundo a professora Gabriela de Araújo Carvalho, coordenadora de redação do Colégio Poliedro Paraíso. "Ler os noticiários é compreender o funcionamento da sociedade que nos entorna. Casos de intolerância de gênero, de intolerância religiosa, de racismo ou de xenofobia são bons exemplos do que o aluno pode ter como base a partir de acontecimentos recentes." Leia mais

  • Imagem: Jorge Araujo/Folhapress
    Imagem: Jorge Araujo/Folhapress

    Escreva e reescreva

    O Enem cobra, na prova de redação, um texto de gênero dissertativo. O que significa isso? Significa que o autor terá que discorrer, com a exposição e a articulação de ideias, sobre determinado assunto ao longo de sua escrita. E nada melhor do que praticar. E, se possível, que alguém possa ler seus textos e fazer correções. "Faça desse retorno um momento de autoavaliação importantíssimo. Leia com atenção (seu texto corrigido) e pergunte caso tenha dúvidas", aconselha Liliane Negrão, da Oficina do Estudante. Ela também sugere que o mesmo texto seja reescrito mais de uma vez. Ah, e nada de deixar para praticar a redação na última hora! Leia mais

  • Imagem: Divulgação
    Imagem: Divulgação

    Elabore bons argumentos

    A professora Gabriela de Araújo Carvalho, do Poliedro Paraíso, lembra que é importante apresentar o problema do texto a partir de "uma tese clara". Ou seja, você primeiro precisa entender direitinho quais são os seus argumentos. Se eles não ficarem claros na sua cabeça, dificilmente ficarão na ponta da caneta. Depois, você deve escrever a sua argumentação de forma a permitir o seu fácil entendimento por quem estiver lendo o texto. "A argumentação (a forma como o problema é desenvolvido a partir de relações que o compõem ? causas e consequências, por exemplo) e o bom uso da norma culta serão igualmente avaliados", explica Carvalho. Leia mais

  • Imagem: Maria do Carmo/Folhapress
    Imagem: Maria do Carmo/Folhapress

    Busque a objetividade

    O Enem pretende avaliar a capacidade objetiva do estudante. Por isso, a dica é não recorrer a argumentos pautados por "gostos relativos ou ideológicos", explica Liliane Negrão, professora da Oficina do Estudante. Segundo ela, lançar mão desse tipo de artifício leva a produção textual a pender para a subjetividade, o que não é avaliado na prova. Leia mais

  • Imagem: Giuseppe Ciccia/ Pacific Press/ Xinhua/ Zumapress
    Imagem: Giuseppe Ciccia/ Pacific Press/ Xinhua/ Zumapress

    Atente-se aos direitos humanos

    Uma característica da prova de Redação do Enem é seu foco em questões relativas aos direitos humanos articuladas à realidade brasileira. Para se ter uma ideia, em 2014 o mote foi publicidade para crianças no país. Um ano antes, o tema foi o impacto da implantação da lei seca no trânsito nacional. A partir desses ganchos, o aluno pode enriquecer seu texto e ampliá-lo. Por exemplo, no caso da publicidade infantil, quais as implicações de essa indústria movimentar milhões de reais por ano num país em que uma parcela significativa das crianças sequer tem acesso a educação básica de qualidade? O consumidor vem antes do cidadão? A professora Gabriela de Araújo Carvalho, do Poliedro, comenta: ?É importante que se tenha como base para qualquer posicionamento na redação a Declaração Universal dos Direitos Humanos (disponível gratuitamente no site da ONU). O aluno receberá em mãos um problema social e deverá visar à solução do impasse, sempre com base nos direitos humanos.? Leia mais

  • Imagem: Shutterstock
    Imagem: Shutterstock

    Proponha uma solução

    Uma das competências avaliadas pelos corretores das provas de Redação do Enem é a que diz respeito à proposta de intervenção social, algo que busque resolver o problema levantado. A solução apontada pelo estudante deve estar muito bem embasada em argumentos. ?Por exemplo, pense em algo que atinja os dois lados: que resolva o problema imediatamente e a longo prazo. Deixe claro no texto quem vai ser responsável pelo que e como isso vai acontecer. Quais serão os envolvidos na solução do problema??, diz a professora Liliane Negrão, da Oficina do Estudante. Leia mais

  • Imagem: Reprodução/Instagram/@ibrsoul
    Imagem: Reprodução/Instagram/@ibrsoul

    Responda A pergunta

    A professora Liliane Negrão dá outra dica de como se posicionar diante da prova: "Você deve encarar a proposta dissertativa como uma pergunta e o texto que vai produzir como uma resposta ao que está sendo perguntando. Pensando assim, fica mais fácil de organizar todos os argumentos nos quais você vai se embasar para desenvolver sua dissertação." Leia mais

  • Imagem: Rivaldo Gomes/Folhapress
    Imagem: Rivaldo Gomes/Folhapress

    Respeite os limites

    Não vale a pena tentar "abraçar o mundo" com a sua redação. Longe de querer esgotar o assunto, busque objetividade e uma estrutura de texto em que os tópicos da sua argumentação estejam equilibrados e bem amarrados entre si. Às vezes, ser breve num raciocínio ajuda mais do que discorrer muito sobre um tema. Além disso, há a questão do próprio espaço físico da prova: o número de linhas é limitado, assim como o tempo. "Os limites máximo e mínimo de linhas é outra característica específica e que também deve ser respeitada. Exceder ou fazer menos do que o pedido pode prejudicar o resultado final da prova", afirma a professora Liliane Negrão. Leia mais

  • Imagem: Arte/UOL
    Imagem: Arte/UOL

    Cuide bem da língua portuguesa

    A professora Gabriela de Araújo Carvalho, do Colégio Poliedro Paraíso, lembra que é preciso escrever uma redação fiel à norma culta da língua escrita. Essa é uma das competências avaliadas pelos corretores do Enem, influenciando na nota final. Portanto, recomenda-se atenção às regras gramaticais, em especial as que têm relação com as concordâncias. Leia mais

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