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Merendeira admite ter colocado veneno em almoço de crianças em Porto Alegre

Lucas Azevedo

Especial para o UOL Educação <br> Em Porto Alegre

05/08/2011 21h26

O veneno de rato encontrado no almoço das crianças de uma escola em Porto Alegre, nesta quinta-feira (4), foi colocado na comida por uma das merendeiras. A mulher, de 23 anos, admitiu à polícia ser a responsável por despejar o conteúdo de dois sachês da substância na panela de estrogonofe.

Wanuzi Mendes Machado não explicou os motivos para o ato, apenas alegou "problemas psicológicos", conforme o delegado Cleber Lima, da 1ª Delegacia de Homicídios e Desaparecidos. Ela trabalhava na da Escola de Ensino Fundamental Pacheco Prates havia três semanas, após contratação emergencial.

A mulher contou que esperou outra merendeira sair da cozinha, quando aproveitou para colocar o veneno no recipiente. Ela foi uma das 39 pessoas, entre crianças, professores e funcionários que comeram a comida envenenada e precisaram passar por exames laboratoriais. Algumas crianças se queixaram de enjoo e dor de cabeça, mas todas passam bem e já estão em casa.

Wanuzi será indiciada por tentativa de homicídio qualificado. Ela não foi presa, pois não houve flagrante. À polícia, familiares informaram que tomarão conta da mulher. As aulas na Escola Pacheco Prates estão suspensas e devem ser retomadas na próxima semana.

Na quinta-feira, durante o almoço, uma criança se queixou de dores de cabeça e barriga. Uma professora foi até a cozinha da instituição, quando viu granulados cor de rosa dentro de uma panela com estrogonofe. Pequenos sacos com a substância e uma tesoura também foram encontrados no ambiente. Dois deles estavam abertos e vazios. Conforme o relato dos adultos que ingeriram o alimento, a comida estava com um forte gosto amargo.