Após 112 dias, professores da rede pública de Minas Gerais decidem suspender greve
Após 112 dias em greve, uma parcela de professores da rede pública estadual de Minas Gerais decidiu no fim da noite desta terça-feira (27) suspender a paralisação. Na reunião, realizada no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, os professores acataram proposta do governo de Minas que preve, principalmente, escalonamento de aumento salarial à categoria entre os anos de 2012 e 2015. No entanto, não foram anunciados índices de reajuste.
De acordo com Beatriz Cerqueira, coordenadora geral do Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores na Educação de Minas Gerais) o governo propôs, além da promessa de escalonamento, a criação de comissão que vai começar a funcionar na próxima quinta-feira (29), formada por representantes do Estado, dos trabalhadores da Educação e deputados estaduais - sendo dois de oposição e quatro da situação.
"Corremos o risco do isolamento e do esvaziamento", disse a coordenadora em relação ao movimento grevista. "Precisamos fazer, nesse momento, um recuo estratégico".
Outra proposta, segundo Cerqueira, foi a sucessão de projetos de lei enviados á Assembleia Legislativa de Minas Gerais, número 2.355, que versa sobre a proposta de vencimento de piso básico para a categoria de R$712,20, além disso, a promessa do governo de não demitir 248 professores designados - essa demissão ocorreria a partir desta quarta (28).
Um termo de compromisso será assinado entre os representates do sindicato e o secretário de governo, Danilo de Castro. Ao final da assembleia dos professores ficou definido que eles retornarão às aulas no dia 29, próxima quinta-feira, e que a categoria também vai alardear o posicionamento dessa comissão sobre a reposição das aulas.
Comissão
A comissão que será formada pelos integrantes, ainda de acordo com Cerqueira, terá como objetivo tentar chegar a um acordo pelo pagamento ao mês de agosto, já que participando da greve, os professores não teriam direito a receber salário.
Outra incumbência dessa comissão é analisar uma espécie de "anistia", já que a categoria pleiteia que o tempo de paralisação, que começou no dia 8 de junho, não seja levado em conta no momento de progressão da carreira.
No dia 8 de outubro o denominado "comando de greve" vai se reunir novamente para avaliar o desenrolar das negociações com o governo estadual.
Jejum e ocupação
Dois profissionais da educação, que estavam em greve de fome no hall de entrada da Assembleia, suspenderam o intento após oito dias em jejum. O objetivo deles com a greve era para que houvesse abertura de negociação da categoria com o governo estadual. Eles já tiveram atendimento médico, voltaram a se alimentar e passam bem.
Um grupo de aproximadamente 30 professores também optou por finalisar os protestos e desocuparam o plenário da Assembleia Legislativa de Minas.
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