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Senado não consegue fazer prova para 10 mil e tem senador que fala do Enem, diz Mercadante

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante - José Cruz/ABr
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante Imagem: José Cruz/ABr

Suellen Smosinski

Do UOL, em São Bernardo do Campo (SP)

15/05/2012 21h00Atualizada em 15/05/2012 21h04

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, comparou nesta terça-feira (15) os problemas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2011 com o concurso para o Senado, que teve provas para três cargos anuladas.

“O Senado não conseguiu fazer uma prova para 10 mil candidatos e depois tem senador que vem falar do Enem, que é aplicado para mais de 5 milhões de estudantes”, afirmou, durante o evento, realizado em São Bernardo do Campo (SP). O petista foi senador por São Paulo entre 2003 e 2011.

Mercadante enfatizou que o último Enem teve problemas somente na aplicação do pré-teste, não apresentando nenhum problema de logística. Ele participou nesta terça do 5º Fórum da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), que contou com a presença do ex-ministro da pasta, Fernando Haddad.

O ministro afirmou que o exame está sendo aperfeiçoado com o aumento do banco de itens da prova e o estabelecimento de melhores critérios para a correção da redação. “O dia que nos tivermos 50 mil itens no banco de questões poderemos disponibilizar todos na internet. Se o cara decorar tudo, ótimo, ele merece entrar na universidade”, afirmou. Segundo o ministro, com o aumento do banco de itens será possível realizar duas provas por ano e diminuir a expectativa gerada em torno de uma única edição.

Em março, a FGV (Fundação Getúlio Vargas), anulou exames para três cargos por conta de falhas na distribuição das provas. Na época, o Senado, em nota, disse tomou "todas as providências" para solucionar o problema. A fundação, por sua vez, alegou que o erro ocorreu por "por insuficiências técnicas (insuficiência de cadernos de provas em algumas salas)" e remarcou a prova.

Alfabetização

O ministro disse também que a prioridade da pasta no momento é o programa de alfabetização até oito anos de idade. “Esperamos lançar já em junho o programa de alfabetização na idade certa. Essa tarefa tem absoluta prioridade e não faltará recursos para isso”, disse Mercadante.

Para que o programa dê certo, disse, é preciso fazer “um grande pacto com todas as prefeituras, principalmente com os professores alfabetizadores”.

Mercadante voltou a falar na realização de uma prova para crianças de sete anos com o intuito de saber o que ainda falta para elas completarem oito anos alfabetizadas. Ele também afirmou que será dada uma atenção especial aos professores alfabetizadores, que, inclusive, devem receber tablets para auxiliar nas aulas, como prometido para os docentes do ensino médio.