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UFMG fecha bandejão após alunos pularem catracas em protesto contra aumento de preço

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

18/10/2012 19h49

A reitoria da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) decidiu nesta quinta-feira (18) fechar temporariamente o RU (Restaurante Universitário Setorial II) onde são servidas refeições aos estudantes do campus situado na região da Pampulha, em Belo Horizonte (MG).

A decisão foi tomada depois que grupo de alunos, há três semanas, começou a incentivar colegas a não pagar pela alimentação, em movimento intitulado “pula catraca”, como forma de protesto pelo aumento do valor cobrado no restaurante. Ao todo, são servidos 6 mil refeições por dia.

Segundo nota da reitoria, o aumento no preço cobrado pelo bandejão, que estava congelado havia sete anos, foi realizado em 6 de agosto deste ano, depois de decisão do Conselho Universitário e da FUMP (Fundação Universitária Mendes Pimentel)  O valor antigo era de R$ 2,50 e passou para R$ 4,15.

“Em respeito a todos os usuários que frequentam diariamente esse RU, a Reitoria da UFMG e a Diretoria da FUMP mantiveram, até a presente data, o funcionamento normal do restaurante. Contudo, em face da insistência dos supramencionados manifestantes em manter o procedimento acima descrito, a situação tornou-se insustentável tanto pelos prejuízos financeiros dela decorrentes, quanto pelo desconforto causado à Comunidade Universitária em geral”, trouxe a nota.

No texto, assinado pelo reitor da UFMG, Clélio Campolina, a reitoria afirmou que mantém “abertos os canais de diálogo com a representação estudantil” da universidade e disse esperar solucionar o impasse o mais breve possível. De acordo com a vice-reitora da UFMG, Rocksane de Carvalho Norton, haverá uma reunião com os representantes dos alunos nesta sexta-feira (19), às 15h30.

“No dia de hoje, eles foram muito agressivos com os profissionais que trabalham no restaurante. Diante disse, nós decidimos fechar o restaurante e estabelecer um diálogo com o diretório central dos estudantes. E também com os representantes dos DA (Diretórios Acadêmicos) que estão no comando dessa manifestação”, afirmou a vice-reitora.

O UOL não conseguiu contato com representantes dos alunos.