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Professores fazem ato na Câmara pelo cumprimento do piso salarial

Da Agência Câmara de Notícias

24/04/2013 12h25Atualizada em 24/04/2013 16h16

Cerca de 200 profissionais da educação participaram, nesta quarta-feira (24), de ato em defesa da educação pública na Câmara dos Deputados. Os organizadores do evento, porém, afirmam que cerca de 500 pessoas estão em Brasília para lutar pela implantação do piso nacional dos professores, pela destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) ao setor e pela transferência de 100% dos royalties do petróleo para a educação.

O presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Roberto Leão, afirmou que os Estados e municípios não cumprem a Lei 11.738/08, que determina o pagamento do piso da categoria, hoje no valor de R$ 1.567. Ele destacou que a manifestação é um chamado para que “os governantes acordem”. “Esse País precisa deixar de ser um país onde as coisas são aprovadas e ficam por isso mesmo se ninguém cumpre”, disse.

Segundo Leão, também não é cumprida a reserva de um terço da jornada de trabalho para preparar aulas e receber pais de alunos, entre outras atividades. Ele disse que os prefeitos se queixam da falta de recursos e não destinam o mínimo de 25% das receitas para a educação.

A deputada Fátima Bezerra (PT-RN), da Frente Parlamentar em Defesa do Piso dos Professores, acompanhou os trabalhadores até a Comissão de Educação e Cultura da Câmara.

Greve

Desde ontem (23), professores da rede pública de ensino em todo o País estão em greve. A paralisação foi convocada pela CNTE e deve durar até amanhã (25). Segundo a entidade, 22 estados aderiram oficialmente ao movimento e os sindicatos do Distrito Federal e demais Estados que não aderiram apoiam formalmente a ação. As paralisações da rede pública estadual têm adesões também de trabalhadores das redes municipais de ensino fundamental e médio. A principal reivindicação dos profissionais é o cumprimento da lei do piso da categoria.

Os estados que aderiram são: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Segundo a CNTE, eles podem continuar ou não a greve após os três dias, dependendo das negociações locais. São Paulo e Maranhão já deflagraram greve por tempo indeterminado.