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MPF retoma ação para proibir bebidas alcoólicas na UFU

Renata Tavares

Do UOL, em Uberlândia

18/06/2013 10h26

O Ministério Público Federal, comarca de Uberlândia a 537 quilômetros de Belo Horizonte, retomou a ação civil pública que proíbe a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nos campi da UFU durante a realização de eventos nos centros de convivências.   

A decisão, segundo o procurador Frederico Pellucci, foi tomada no dia 14 deste mês após a última audiência de conciliação entre a Instituição e o MPF. “Há um ano eles argumentam que vão levar o assunto para o conselho institucional da universidade e a questão nunca é pautada. Entendi que esses pedidos são protelatórios”, disse. 

O diretor de logística da prefeitura da instituição, Wesley Marques da Silva, disse que ainda não tem conhecimento sobre a ação civil pública, mas afirmou que as festas realizadas estão de acordo com as regras firmadas pelo procurador durante as audiências, como, por exemplo, o controle de público e de som. Silva ainda disse que os seguranças dos campi trabalham durante os eventos. “As festas são feitas de acordo com o regulamento”, afirmou. 

O coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Max Pereira Ziller, é contra a posição do procurador. “A UFU é um espaço público e não deve ser proibido o uso de bebidas lícitas no interior dela. O espaço não é puramente acadêmico, é também de confraternização com a comunidade. Caso essa ação seja aceita nós vamos protestar”. 

Histórico

A proibição partiu primeiramente da reitoria da UFU em novembro de 2009, quando o ex-reitor Alfredo Júlio Fernandes Neto, entendeu que o prédio estava sendo depredado durante e após as festas. A medida não agradou os estudantes, que em março de 2010, fizeram um protesto em frente à reitoria da instituição. 

Na ocasião, 200 estudantes invadiram o prédio e ao serem proibidos de entrar na sala de reuniões, em que o conselho diretor estava reunido, os alunos forçaram a porta da frente, que teve os vidros estilhaçados.

De acordo com o procurador, desde aquela data, as negociações têm sido feitas. Em abril do ano passado, Frederico Pellucci ingressou com a ação civil pública, mas durante as audiências foi pedida a suspensão da decisão para que a Universidade se adequasse. “Foi suspensa, mas o que vemos é que nada foi feito até agora.  As festas continuam, a baderna continua e a UFU se exime de resolver o problema.”