Royalties: Relator admite mudar regra para contratos estaduais e municipais
O relator do projeto que trata da destinação de royalties de petróleo para educação e saúde (PLs 323/07 e 5500/13), deputado André Figueiredo (PDT-CE), reafirmou, nesta quarta-feira (10), que só admite fazer uma mudança no seu parecer, aprovado pelo Plenário da Câmara no início do mês. A proposta foi alterada no Senado e, por isso, retorna à apreciação dos deputados. Desde então, há uma queda de braço entre os deputados que, com o aval do governo, querem a manutenção do texto integral do Senado e aqueles que defendem o texto da Câmara.
Figueiredo admite retirar do texto aprovado na Câmara a obrigatoriedade de Estados e municípios aplicarem em educação os royalties de contratos cuja declaração de comercialidade se deu após 3 de dezembro de 2012. "Apenas a União ficaria com essa obrigação", afirma o deputado. Havia uma reclamação dos governadores de estados produtores de que o texto da Câmara abrangeria vários contratos atuais de blocos de exploração que ainda não entraram em operação comercial.
Ontem (9), o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que um dos dispositivos do projeto da Câmara "modifica a distribuição dos royalties para estados e municípios produtores de petróleo". "Nós entendemos que isso é retroativo e a Ordem dos Advogados do Brasil já fez um alerta dizendo que essa mudança da Câmara poderia judicializar novamente o tema dos royalties", afirmou. Diante deste apelo, André Figueiredo decidiu retirar esse item do texto para evitar riscos de "judicialização" ao futuro processo de aplicação dos royalties em educação e saúde.
Fundo Social
Já o governo, que pressiona para que a Câmara mantenha o texto do Senado, admite aproveitar o parecer de André Figueiredo apenas quanto aos recursos oriundos dos acordos de unitização celebrados entre a empresa Pré-Sal Petróleo S.A. e futuros concessionários ou contratados sob o regime de partilha de produção. Porém, a principal polêmica entre os dois textos só deve ser decidida mesmo no voto, segundo o deputado. "A única questão em que há uma divergência que talvez vá a voto é que defendemos que 50% do capital do fundo social do petróleo vá para educação e saúde. Na forma que veio do Senado, são 50% dos rendimentos do fundo social".
André Figueiredo criticou a obstrução de PT e PMDB que impediu a votação da matéria na sessão do Plenário de ontem. Para o deputado, a movimentação dos dois maiores partidos governistas pode ser uma sinalização de receio de derrota na votação.
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