Biblioteca de Harvard tem livro encadernado com pele humana
Um dos livros da Biblioteca Houghton, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, tem uma característica curiosa e um tanto macabra. Des Destinées de l' ame (Os destinos da Alma), de Arsène Houssaye, foi publicado por volta de 1880 na França e encadernado com pele humana.
A informação consta no site do acervo da biblioteca, que também informa que a encadernação foi feita a partir “da parte de trás do corpo não reclamado de uma paciente de um hospital psiquiátrico francês que morreu repentinamente”.
O livro, que traz uma reflexão sobre a alma e a vida após a morte, foi dado de presente pelo autor ao amigo Ludovic Bouland, que era médico. Bouland, por sua vez, decidiu encadernar o livro com a pele do corpo de uma paciente que morreu de acidente vascular cerebral.
“Este livro é encadernado em pergaminho de pele humana em que nenhum ornamento foi carimbado para preservar a sua elegância. Ao olhar cuidadosamente, é possível distinguir facilmente os poros da pele. Um livro sobre a alma humana merecia ter uma cobertura humana: eu tinha guardado este pedaço de pele humana retirada de parte de trás de uma mulher”, diz Bouland em uma anotação manuscrita feita em uma das páginas do livro.
A publicação foi encaminhada para a biblioteca da universidade em 1934, em nome do colecionador John B. Stetson, e doada definitivamente pela viúva de Stetson em 1954.
Apesar da prática de encadernar livros com pele humana parecer um tanto estranha, a biblioteca diz em seu blog que a prática era comum no século 16. Em alguns casos, isso foi feito a pedido do morto, que queria ser lembrado pela família ou amigos na forma de um livro.
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