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Com campus interditado, aulas do 2° semestre estão indefinidas na USP Leste

Do UOL, em São Paulo

26/06/2014 17h29Atualizada em 26/06/2014 17h29

Os alunos e professores da EACH-USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo), conhecida como USP Leste, ainda não sabem quais disciplinas serão oferecidas e onde serão as aulas do segundo semestre deste ano.

Com o terreno contaminado por metano e outras substâncias tóxicas, o campus da USP Leste está interditado desde 9 de janeiro deste ano. Por causa da interdição pela Justiça, as aulas da EACH começaram em prédios provisórios no fim de março, quase um mês após as outras unidades da USP.

Segundo a assessoria da EACH, as aulas deste semestre devem terminar no dia 31 de julho nos cursos da unidade –quando vence o prazo de utilização das salas locadas na Unicid Tatuapé (Universidade da Cidade de São Paulo) e na Fatec Tatuapé. Desse modo, a USP tem até o fim de julho para decidir onde os alunos devem estudar no próximo semestre letivo.

Matrículas

Os cursos de graduação da USP estão com matrículas abertas para as disciplinas oferecidas no segundo semestre deste ano até 2 de julho. A exceção são os estudantes da EACH, que, segundo a unidade, neste período farão a matrícula em uma disciplina única para manter “o vínculo ativo com a universidade”.

“Posteriormente, quando houver definição de onde serão realizadas as aulas para o segundo semestre, as turmas dessa disciplina serão canceladas e os alunos farão suas matrículas nas disciplinas normais de cada curso”, afirmou a EACH em nota.

Ainda de acordo com a universidade, os prazos de matrícula dos estudantes da EACH serão revistos.

Por causa da incerteza, os alunos marcaram um ato para segunda-feira (30), às 14h, no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista.

Contaminação

A USP informa que desde janeiro já foram instaladas 23 bombas para extração de gás metano no campus Leste e que a maioria está em funcionamento. Além disso, a universidade afirma que as áreas que contêm terra contaminada foram soladas por tapumes metálicos e cobertas por grama.

A EACH diz que uma nova vistoria do Ministério Público deve acontecer em breve e que a avaliação sobre a reabertura do campus será feita por instâncias externas e, por isso, não é possível saber agora a data em que o campus será reaberto.