Creche municipal no Rio suspende aulas após casos de hepatite A

Três alunos da Creche municipal Ramon Pascual, zona norte do Rio de Janeiro, foram diagnosticados este mês com hepatite A. O receio de um surto da doença fez a creche, que atende 145 alunos, suspender as aulas no último dia 17.

Segundo a SMS (Secretaria Municipal de Saúde), 15 pessoas que relataram ter os sintomas da hepatite A estão em acompanhamento no Centro Municipal de Saúde Clementino Fraga e aguardam os resultados dos exames realizados. Dois outros casos foram descartados por exames laboratoriais.

Apesar dos diagnósticos, as amostras de água colhidas pela vigilância sanitária em três pontos do imóvel, incluindo a cisterna, deram negativo para a presença de micro-organismos que podem causar a doença, de acordo com a Secretaria de Saúde.

Novas amostras serão colhidas esta semana em outros dois pontos para uma nova avaliação. O retorno das aulas vai depender dos resultados da nova análise da água coletada.

A SMS informou que, ao tomar conhecimento do problema, iniciou a vacinação de bloqueio -- indicada quando ocorre um ou mais casos -- no local. Ao todo, 133 pessoas, entre alunos e funcionários, foram imunizadas contra o vírus.

O Ministério Público do Rio de Janeiro instaurou inquérito civil no dia 22 para apurar as condições da prestação do serviço educacional pela creche, especialmente em relação à potabilidade da água utilizada na unidade de ensino, e expediu ofícios para a Secretaria Municipal de Educação, solicitando os respectivos esclarecimentos, e para a Vigilância Sanitária, pedindo a adoção das medidas cabíveis. A Secretaria de Saúde da capital informou que a Subsecretaria de Vigilância Sanitária e a Secretaria Municipal de Educação ainda não receberam os ofícios.

A hepatite A é uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus VHA, transmitido por via oral-fecal, por meio de alguns alimentos ou por água contaminada. A doença é mais comum em locais sem saneamento adequado. Durante o período de incubação do vírus, que leva em média de duas a seis semanas, os sintomas não se manifestam, mas a pessoa infectada já é capaz de transmitir o vírus. Alguns sintomas da doenças são: febre, dores musculares, cansaço, mal-estar, inapetência, náuseas e vômito, icterícia, fezes amarelo-esbranquiçadas e urina escura. Entretanto, é comum pessoas infectadas não apresentarem sintomas.

*Com informações da Agência Brasil