Após arrastões e assaltos, PM atuará no campus da UFPI em Teresina
Após arrastões e assaltos dentro do campus da UFPI (Universidade Federal do Piauí) em Teresina, a reitoria e a PM (Polícia Militar) decidiram que policiais militares vão atuar dentro do campus para coibir ações criminosas contra a comunidade acadêmica e danos ao patrimônio público. A medida foi anunciada pela UFPI, nessa quinta-feira (6), após reunião entre a reitoria e o comando da PM do Piauí.
Segundo a polícia, há registros de pelo menos cinco arrastões cometidos em salas de aula e diversos assaltos ocorridos dentro do campus da UFPI em Teresina. Um dos arrastões ocorreu contra estudantes do curso de química, no dia 10 de julho. Por volta das 18h, a polícia recebeu um chamado informando que estudantes estavam trancados em uma sala do Centro de Ciências da Natureza depois que foram roubados por dois homens em uma moto. Ninguém saiu ferido e tampouco a polícia conseguiu prender os assaltantes.
Em outra ocasião, três estudantes de pedagogia foram abordados por um homem armado logo após o almoço no Restaurante Popular, localizado ao lado da Biblioteca Central. A ação foi registrada no dia 4 de julho e, segundo as vítimas, um homem abordou o grupo usando uma arma de fogo e levou bolsas e telefones celulares.
A UFPI informou que a polícia não abordará estudantes e nem entrará nos prédios, pois a presença dos policiais será uma forma de apoio à guarda interna da universidade. “A segurança interna da UFPI tem obrigação de preservar o patrimônio, e isso inclui o trabalho de proteção da nossa comunidade, que é o principal patrimônio da nossa Universidade. Tomamos algumas medidas internas para melhorar a segurança, mas buscamos, também, o apoio da polícia militar para complementar o trabalho de segurança da UFPI”, explicou o reitor da UFPI, Prof. Dr. José Arimatéia Dantas Lopes.
O comandante de policiamento da capital, tenente coronel Márcio de Oliveira, explicou que os policiais já estão sendo orientados de como devem se portar ao atuar no campus para não causar constrangimento e passar segurança à comunidade acadêmica.
"O campus universitário é como um templo. É preciso cuidado com as liberdades individuais e coletivas, com os direitos das pessoas. O policial atuará com o intuito de coibir os delitos que estão acontecendo e, ao mesmo tempo, entender o posicionamento dos estudantes, dos funcionários, para que não seja de forma invasiva que a PM esteja aqui presente, mas que seja de forma parceira e amiga", explicou o comandante.
A polícia disse que policiais farão rondas com motos e carros pelo campus em horários estratégicos e estarão nas rotas de fuga usadas por criminosos para que haja mais segurança. A PM informou ainda que vai identificar os acusados de delitos dentro da UFPI para que eles sejam presos.
30 mil pessoas
Os portões de acesso mais vulneráveis a entrada de criminosos estão sendo fechados e a rede de iluminação foi ampliada. Em breve, o campus será monitorado por câmeras. Segundo a UFPI, está em processo de licitação a aquisição e instalação de 5.100 câmeras de monitoramento por todo o campus. Serão instaladas 1.500 câmeras convencionais, 500 panorâmicas, 1.000 com infravermelho, 1.500 fixas externas e 100 móveis externas.
O campus possui uma população flutuante superior a 30 mil pessoas, entre alunos, professores, servidores internos e externos, médicos, pacientes, acompanhantes, e torna-se difícil o controle total de quem acessa o campus.
Além disso, a área possui 400 hectares e tem cinco avenidas e duas ruas que atravessam a instituição de ensino, que são usadas como rota de acesso à bairros, parques residenciais, vilas e favelas que ficam próximos aos seus principais pólos. “Estima-se que nas proximidades do campus existam um equivalente de 28 vilas e favelas habitacionais, que são um dos fatores que contribuem para a violência e deterioração do serviço e medidas que garantam segurança de docentes, funcionários, alunos e demais pessoas que frequentam cotidianamente a UFPI”, ressaltou.
Atualmente, a UFPI possui 115 vigilantes, distribuídos em 36 postos, o número que corresponde a um vigilante a cada 100 metros por toda a instituição. O setor de vigilância é responsável pela fiscalização das guaritas, as rondas diárias e guarda permanente do campus.
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