Professores de MG param por três dias e reivindicam reajuste salarial

Professores da rede estadual pública de Minas Gerais iniciaram nesta terça-feira (15) uma paralisação de três dias e reivindicam reajuste salarial de 11,36% sobre os vencimentos atuais.

Segundo a presidente do Sind-UTE/MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação em Minas Gerais), Beatriz Cerqueira, a paralisação é feita em consonância com convocação feita pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores Em Educação).

“Aqui em Minas Gerais, nós teremos amanhã uma assembleia estadual que vai aprovar a pauta [de reivindicações] de 2016 e pressionar para que o governo cumpra o acordo assinado ano passado sobre o piso salarial”, afirmou.

A dirigente, no entanto, não soube informar quantas escolas foram afetadas no Estado em razão da paralisação.

Já a Secretaria de Educação de Minas Gerais informou ao UOL que 385, de um total de 3.654 escolas, foram totalmente afetadas pelo movimento. Já em outras 743 unidades educacionais, a paralisação se deu de maneira parcial.

Em nota, o governo estadual informou ter enviado em caráter de urgência à AL-MG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) projeto de lei que propõe reajuste nas “tabelas de vencimentos das carreiras do Grupo de Atividades da Educação Básica e os valores dos abonos sejam reajustados em 11,36%”, de forma retroativa, a partir de 1º de janeiro de 2016.

Segundo a administração estadual, a proposta “atende às reivindicações e pontos abordados em constante diálogo” com o Sind-UTE/MG. 

Conforme a nota, a apreciação agora depende do Legislativo. O governo informou ter recebido retorno da assessoria da Casa Legislativa dando conta de que, em razão da solicitação do regime de urgência, os prazos regimentais “são reduzidos à metade e o projeto de lei ganha prioridade na tramitação’.

O governo estadual ainda afirmou que mantém “intenso diálogo” com o sindicato com objetivo de “valorizar os servidores da educação”.