Terminam hoje as inscrições para o Enem 2017
Termina às 23h59 desta sexta (19) o prazo para inscrições no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2017. Interessados devem se inscrever exclusivamente pela internet no endereço http://enem.inep.gov.br/participante/.
A taxa de inscrição deve ser paga até o dia 24 de maio. O boleto pode ser quitado em qualquer agência bancária, nas lotéricas ou ainda nas agências dos Correios.
Até as 15h de quinta-feira (18), o Enem registrou 5.396.879 de inscritos –pouco mais da metade do número do total de inscrições em 2016, que chegaram a 9.276.328.
Além de passar a ser realizado em dois domingos consecutivos, nos dias 5 e 12 de novembro, o Enem deixa de ser utilizado neste ano como forma de obtenção do certificado de conclusão do ensino médio.
As provas de redação, Ciências Humanas e Linguagens serão aplicadas no primeiro domingo de provas, e os candidatos terão até 5h30 para redigir a dissertação e responder a 90 questões de múltipla escolha.
Já no outro fim de semana, os inscritos farão as provas de Matemática e Ciências da Natureza, com 4h30 de duração no total para responder a outras 90 questões.
A previsão é de que o resultado do Enem seja divulgado no dia 19 de janeiro de 2018.
Isenção
Estudantes do 3º ano do ensino médio da rede pública continuam tendo direito à inscrição gratuita.
Para participantes de baixa renda que desejam solicitar a isenção, as regras mudaram. Este ano, a depender da faixa de renda, será preciso estar inscrito no Cadastro Único do governo federal, utilizado para o acesso a programas sociais como o Bolsa Família. Os participantes precisarão informar o número do NIS (Número de Identificação Social), usado no cadastro do governo, no ato da inscrição.
Essa exigência vale para inscritos que pedirem isenção por terem renda familiar de até três salários mínimos (R$ 2.811), ou de até meio salário mínimo (R$ 468,50) por cada membro da família.
Mas também podem pedir isenção da inscrição participantes que tiverem cursado os três anos do ensino médio em escola pública (ou como bolsista em escola particular) e que tenham renda familiar, por cada membro da família, de até um salário mínimo e meio (R$ 1.405,50).
Candidatos que conseguirem o benefício da gratuidade e não comparecerem às provas e nem apresentarem justificativa sobre a falta não terão direito à isenção na edição seguinte do exame.
As medidas, segundo o Inep, devem reduzir o número de faltantes que recebem a isenção da taxa e também de pessoas que pedem o benefício sem estar na faixa de renda que possui direito à gratuidade.
Segundo o Inep, o prejuízo com inscritos que receberam a isenção e não compareceram às provas foi de R$ 226 milhões no ano passado, quando o percentual de abstenção dos inscritos que pediram a isenção foi de 42,1% e de 23,8% para concluintes do ensino médio na rede pública, que receberam a isenção automaticamente.
Este ano o Inep pretende fazer uma auditoria em parte dos inscritos que pedirem a isenção, a partir da comparação da renda declarada com informações da Receita Federal. Candidatos que pedirem a isenção mas, na verdade, não teriam direito ao benefício, serão eliminados do exame.
Necessidades especiais
Participantes com necessidades especiais e em determinadas condições de saúde, como deficiências visuais e dislexia, por exemplo, podem pedir o tempo extra de uma hora para a realização da prova.
Esse pedido, no entanto, deve ser realizado na hora da inscrição, mediante apresentação de laudo médico. Antes, a solicitação podia ser feita aos fiscais no momento da aplicação da prova.
Candidatos surdos e com deficiências auditivas poderão, ainda, participar da aplicação experimental da prova com o apoio de um vídeo que apresentará as questões traduzidas para Libras (Língua Brasileira de Sinais).
Esses inscritos também podem optar pela leitura labial ou por um tradutor-intérprete da Libras para apoio na tradução das orientações gerais da prova e na compreensão da língua portuguesa escrita, recursos que são tradicionalmente oferecidos pelo Inep.
Nova página de inscrição
Este ano o Inep reformulou o site onde os participantes fazem a inscrição. A mudança atende às novas regras, como a solicitação de atendimento especial já na inscrição e a indicação do número do Cadastro Único no Ministério do Desenvolvimento Social para quem vai pedir isenção.
Foram incluídos avisos sobre as regras e os critérios de inscrição ao longo de todo o processo de inscrição feito pelo site.
O aplicativo do Enem também mudou e este ano vai permitir que não apenas os participantes usem o aplicativo, mas também pais de alunos e professores, que terão acesso a notícias sobre o exame e informações como prazos de inscrição e datas das provas.
Apenas os participantes continuam podendo acessar informações como o gabarito das provas e o resultado do exame.
Segurança da senha
Após o exame do ano passado ter registrado problema com a segurança da senha dos participantes, o Inep decidiu aperfeiçoar os procedimentos para a troca da senha utilizada para acesso ao sistema de inscrição.
No Enem 2016, hackers conseguiram acessar o sistema de inscrição de alguns participantes e alterar a opção de curso feita no Sisu (Sistema de Seleção Unificada), sistema utilizado por universidades em todo o país para selecionar candidatos a partir da nota do Enem.
Especialistas em segurança criticaram o fato de no ano passado, para realizar a troca da senha que dá acesso ao Sisu, ser preciso informar apenas CPF, data de nascimento, nome da mãe e município de residência do candidato, dados que podem ser encontrados em cadastros públicos de informação.
Este ano, para a troca da senha, o Inep vai exigir também que o participante responda a uma pergunta aleatória, feita com base nas informações inseridas no próprio formulário de inscrição do exame.
Além disso, qualquer alteração cadastral será informada por e-mail ao participante.
Entenda a nota do Enem
A metodologia utilizada para correção do Enem é a TRI (Teoria de Resposta ao Item), modelo estatístico que permite comparar o desempenho em diferentes edições da prova. Na TRI, leva-se em conta para o cálculo da nota não apenas o número de acertos do candidato, mas o nível de dificuldade de cada item.
Na TRI, leva-se em conta a coerência das respostas do participante diante do conjunto das questões que formam a prova. Por isso, o número de acertos não tem correspondência direta com a pontuação final.
Não é possível comparar o número de acertos nas provas de diferentes áreas do conhecimento. Se um aluno acerta a mesma quantidade de itens nas provas de matemática e ciências humanas, por exemplo, não significa que a pontuação obtida será igual. Isso porque o nível de dificuldade de cada prova e dos diferentes itens que a compõe afeta esse cálculo final.
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