Drone, spinner... Como as coisas que você usa de brincadeira podem cair no Enem
Você provavelmente já viu ou até se aventurou a mexer em um fidget spinner, o brinquedo que é a febre do momento. E, se ainda não chegou a controlar um drone, deve ter ficado no mínimo curioso ao ver essa engenhoca voando de lá para cá pelos céus.
Professores ouvidos pelo UOL apostam: esses e outros brinquedos tecnológicos têm boas chances de serem cobrados no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Isso porque eles funcionam a partir de princípios básicos da matemática e da física, e o Enem é uma prova que busca integrar o cotidiano do aluno com o conteúdo tradicional, visto em sala de aula.
A prova do Enem será aplicada em dois domingos de novembro, nos dias 5 e 12. O resultado será divulgado no dia 19 de janeiro de 2018.
Entenda, a seguir, como alguns brinquedos tecnológicos podem aparecer no Enem:
Flyboard
Um dos brinquedos tecnológicos que podem aparecer no Enem é o flyboard, uma espécie de “prancha voadora” que tem aparecido aos poucos pelas praias do Brasil. O aparelho usa a água em alta pressão para que se possa “voar” sobre o mar.
“É um brinquedo atual que aborda coisas que vemos no ensino médio”, afirma José Carlos Garcia, professor de física do Objetivo, que complementa: “É um foguete que usa a pressão da água, ao invés de usar a pressão do gás. Aqui, você pode falar da lei de Newton, de ação e reação”.
Veja abaixo o exemplo de questão abordando o flyboard preparado pelo professor José Carlos.
Drone
Cada vez mais popular para fazer filmagens e fotografias aéreas, o drone funciona da mesma forma que um helicóptero. O que explica o funcionamento dessas máquinas voadoras é o princípio de Bernoulli –que, para os professores, é uma boa aposta de questão do Enem.
“Você tem a questão das forças que precisa tanto para que o drone consiga subir quanto para que ele se mantenha no ar”, afirma Idelfrânio Moreira, professor de física do SAS Plataforma de Educação.
O professor José Carlos explica que o princípio de Bernoulli descreve o escoamento de um fluido através de uma superfície: no caso do drone, o ar através da hélice.
“A forma da hélice é feita de tal maneira que, quando o ar passa em cima dela, a pressão em cima da hélice é menor. Então, você tem uma pressão de baixo para cima. E é essa diferença de pressão que faz o drone subir”, afirma.
Veja abaixo o exemplo de questão abordando o drone preparado pelo professor José Carlos.
Spinner
Sabe quais são os truques para fazer o spinner girar por mais tempo? O segredo, que tem a ver com conceitos básicos da física como força de atrito e energia, tem de tudo para ser explorado pelo Enem.
“O spinner roda tão bem porque entre os anéis no centro tem um rolamento, que são bolinhas de metal”, afirma Amanda de Souza, professora do Poliedro. Ela explica que essas bolinhas diminuem a superfície de contato entre os anéis, diminuindo também a força de atrito.
Idelfrânio Moreira lembra ainda que a lubrificação do spinner também influencia o tempo de giro do brinquedo. “Assim se evita a dissipação de energia, diminuindo o atrito”.
Ou seja, quanto menos energia for dissipada, como acontece quando se reduz o atrito, mais o spinner acaba girando.
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