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Após polêmica com Olavo, MEC diz que Bolsonaro apoia Vélez e sua equipe

2.jan.2019 - O presidente Jair Bolsonaro (PSL) empossa Ricardo Vélez Rodríguez como ministro da Educação - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
2.jan.2019 - O presidente Jair Bolsonaro (PSL) empossa Ricardo Vélez Rodríguez como ministro da Educação Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Ana Carla Bermúdez

Do UOL, em São Paulo

11/03/2019 22h58

Após críticas do escritor Olavo de Carvalho e a exoneração de seis servidores do MEC (Ministério da Educação), a pasta divulgou, na noite de hoje, uma nota em que afirma que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) "ratificou" seu apoio ao ministro Ricardo Vélez Rodríguez e à sua equipe. 

No comunicado, o MEC diz que Vélez participou hoje, a convite de Bolsonaro, de uma videoconferência sobre a Estação Antártica. 

"Antes do evento, o ministro da Educação tomou um café com o presidente e falou sobre os projetos que estão sendo desenvolvidos pelo MEC. Na conversa, Bolsonaro ratificou o apoio ao ministro Ricardo Vélez Rodríguez e à sua equipe", diz o texto.

O encontro entre Vélez e Bolsonaro não estava previsto na agenda de nenhum dos dois. Amanhã, eles estarão novamente juntos em uma reunião à tarde.

Os desentendimentos no MEC vieram a público na última sexta-feira (8), após Carvalho pedir para que seus ex-alunos deixassem o governo de Bolsonaro, alegando haver "inimigos" entre os que cercam o presidente. 

Os discípulos de Carvalho, conhecidos como "olavetes", passaram a divulgar um texto que acusava o coronel Ricardo Wagner Roquetti de "isolar" Vélez e de ter indicado membros ligados ao PSDB para compor o gabinete do ministro. 

A demissão de Roquetti, que ocupava o cargo de diretor de programa da secretaria-executiva do MEC, foi pedida ainda ontem por Bolsonaro a Vélez. 

Em meio à crise, houve expectativa de que o próprio Vélez pudesse ser demitido e substituído por outro nome indicado por Olavo de Carvalho.

Uma edição extra do Diário Oficial publicada nesta noite trouxe, no entanto, a exoneração de Roquetti e de outros cinco servidores do MEC. 

Ao longo de todo o dia, Olavo de Carvalho usou as redes sociais para dizer que apoia Vélez, mas sob a condição de que ele se livre dos "croquetettes", em alusão a pessoas próximas do coronel Roquetti e que teriam sido indicadas para cargos no MEC.

"Só a renovação TOTAL e sem complacências pode salvar a educação brasileira. Recomendei o ministro Velez, mas, se ele cair no erro monstruoso que mencionei no post anterior, PONHAM-NO PARA FORA", escreveu.