Após polêmica com Olavo, MEC diz que Bolsonaro apoia Vélez e sua equipe
Após críticas do escritor Olavo de Carvalho e a exoneração de seis servidores do MEC (Ministério da Educação), a pasta divulgou, na noite de hoje, uma nota em que afirma que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) "ratificou" seu apoio ao ministro Ricardo Vélez Rodríguez e à sua equipe.
No comunicado, o MEC diz que Vélez participou hoje, a convite de Bolsonaro, de uma videoconferência sobre a Estação Antártica.
"Antes do evento, o ministro da Educação tomou um café com o presidente e falou sobre os projetos que estão sendo desenvolvidos pelo MEC. Na conversa, Bolsonaro ratificou o apoio ao ministro Ricardo Vélez Rodríguez e à sua equipe", diz o texto.
O encontro entre Vélez e Bolsonaro não estava previsto na agenda de nenhum dos dois. Amanhã, eles estarão novamente juntos em uma reunião à tarde.
Os desentendimentos no MEC vieram a público na última sexta-feira (8), após Carvalho pedir para que seus ex-alunos deixassem o governo de Bolsonaro, alegando haver "inimigos" entre os que cercam o presidente.
Os discípulos de Carvalho, conhecidos como "olavetes", passaram a divulgar um texto que acusava o coronel Ricardo Wagner Roquetti de "isolar" Vélez e de ter indicado membros ligados ao PSDB para compor o gabinete do ministro.
A demissão de Roquetti, que ocupava o cargo de diretor de programa da secretaria-executiva do MEC, foi pedida ainda ontem por Bolsonaro a Vélez.
Em meio à crise, houve expectativa de que o próprio Vélez pudesse ser demitido e substituído por outro nome indicado por Olavo de Carvalho.
Uma edição extra do Diário Oficial publicada nesta noite trouxe, no entanto, a exoneração de Roquetti e de outros cinco servidores do MEC.
Ao longo de todo o dia, Olavo de Carvalho usou as redes sociais para dizer que apoia Vélez, mas sob a condição de que ele se livre dos "croquetettes", em alusão a pessoas próximas do coronel Roquetti e que teriam sido indicadas para cargos no MEC.
"Só a renovação TOTAL e sem complacências pode salvar a educação brasileira. Recomendei o ministro Velez, mas, se ele cair no erro monstruoso que mencionei no post anterior, PONHAM-NO PARA FORA", escreveu.
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