Xará de Messi ganha incentivo de bombeiros do DF para estudar na pandemia
O nome é de jogador de futebol, mas o sonho é ser bombeiro. O pequeno Lionel Messi Bueno, de 9 anos, desmotivado com as aulas remotas durante a pandemia do novo coronavírus, recebeu esta semana um bela injeção de ânimo do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal para não parar de estudar.
O menino, morador do Varjão, na periferia de Brasília, vinha se queixando ao pai há alguns dias sobre as aulas online. O pai, Bruno Bueno, conta que nada adiantava para conseguir motivar a criança.
"Ele não queria fazer as tarefas, não queria estudar e dizia que estava cansado das aulas a distância. Eu resolvi procurar ajuda com os voluntários que dão aulas de reforço para ele aqui no bairro e eles organizaram tudo", disse.
A professora Daneila de Almeida foi quem teve a ideia. Depois de conversar com o pai e entender a situação da criança, pediu para o menino escrever uma redação contando o que ele queria ser quando crescer. O menino escreveu que o sonho era ser bombeiro "para salvar as pessoas e dar uma realidade melhor para os pais". Foi aí que ela teve a ideia de falar com um amigo que é da corporação.
O sargento Cícero Costa preparou um vídeo com depoimentos de alguns colegas e mandou para os professores, que mostraram ao menino. Depois, o militar ainda foi pessoalmente conhecer o menino e falar mais com ele. A dose de ânimo foi tanta que o pai e os professores dizem que sentiram a diferença no mesmo dia.
"A gente já tem visto muita melhora na parte educacional. Hoje mesmo ele escreveu uma redação de agradecimento aos militares por conta própria", contou o pai.
Lionel disse que agora vai estudar muito. "Eu estou muito feliz pelo presente que ganhei e por terem me visitado. Eu vou estudar muito agora para ser companheiro deles e motorista dos caminhões", comemorou.
Daneila explica que é normal as crianças se sentirem desanimadas depois de tanto tempo no ensino remoto. No caso do jovem xará de Messi, há um fator complicador a mais.
"O ensino à distância gera uma desmotivação natural porque as crianças precisam de interação. Além disso, tem o fato de que o Lionel ainda está matriculado em uma escola do Alagoas, que é onde ele morava antes de se mudar para Brasília, no início da pandemia, e lá eles não mandam teleaulas, só tarefas impressas. Ele estava precisando de acolhimento", explica a pedagoga.
Homenagem a Messi
O menino morava com a mãe no Alagoas, mas pediu para vir para Brasília ficar com o pai poucos dias antes de começar a pandemia. O nome de jogador de futebol, segundo a família, foi uma escolha da mãe.
Bruno, que é chefe de cozinha, mas perdeu o emprego recentemente e abriu foodtruck, contou que a mulher dele foi sozinha ao cartório do hospital quando ele precisou sair por algumas horas.
Quando voltou, a mãe já tinha registrado o menino como Lionel Messi, em homenagem ao astros do Barcelona e da seleção argentina de quem ela é fã.
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