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Justiça manda expulsar alunos de medicina que fraudaram cotas no CE

Fachada da UFCA (Universidade Federal do Cariri), onde três alunos de medicina foram expulsos por acusações de fraude de cotas - Divulgação/UFCA
Fachada da UFCA (Universidade Federal do Cariri), onde três alunos de medicina foram expulsos por acusações de fraude de cotas Imagem: Divulgação/UFCA

Do UOL, em São Paulo

01/02/2022 14h48

O MPF (Ministério Público Federal) obteve na Justiça a condenação de nove pessoas acusadas de fraudarem vagas de cotas destinadas a alunos de escolas públicas na UFCA (Universidade Federal do Cariri), em Juazeiro do Norte (CE). Três estudantes de medicina tiveram as matrículas canceladas, foram expulsos e devem pagar multas de R$ 300 mil.

Os pais dos alunos também foram processados pelo MPF e estão incluídos no processo de pagamento da multa, que seria para ressarcir os recursos públicos investidos nos estudantes enquanto eles cursavam graduação na UFCA.

Segundo informações do MPF, os discentes tinham um esquema elaborado para fraudar as cotas. Durante o Ensino Médio, eles passavam a maior parte do ano letivo em escolas privadas e, no fim do ano, se matriculavam em um local público. Esse método se repetiu durante os três anos do EM.

Pela transferência no fim do ano, os jovens conseguiam um certificado de que haviam concluído o período letivo em um centro de ensino público.

Assim, eles teriam usado essa documentação para comprovar que tinham cursado escola pública e poderiam concorrer a essas vagas de cotas na universidade, que são para alunos que fazem integralmente o Ensino Médio em instituições públicas.

Mães foram denunciadas criminalmente

As mães de dois estudantes foram denunciadas criminalmente pelo MPF por falsidade ideológica. Segundo o órgão, elas fraudaram os comprovantes de matrículas do Ensino Médio dos filhos para dar a impressão de que eles haviam cursado todos os períodos na educação pública e, assim, facilitar o ingresso deles no curso de medicina na UFCA.

Como os alunos eram menores de idade na época, eles não podem ser denunciados de forma criminal por possível envolvimento nesses documentos.

Se forem condenadas por falsidade ideológica, as mães podem receber a pena de reclusão de um a cinco anos, além de pagamento de multa.