SP: Se precisar, vamos atrás de vagas na rede privada, diz secretário
Com uma fila de alunos do 1º ano do ensino fundamental aguardando uma vaga na capital paulista, o secretário da Educação do estado de São Paulo, Rossieli Soares, disse que, se for necessário, o governo vai atrás de vagas na rede privada de ensino.
"Todas as medidas serão feitas, e não deixaremos as crianças sem escolas. É uma demanda importante para essas crianças, e não deixará de ser atendida. Se for necessário ir atrás de vagas na rede privada mesmo, nós faremos isso", disse Rossieli.
A declaração acontece após reportagem da Folha de S. Paulo revelar que uma desarticulação da Prefeitura de São Paulo com o governo estadual deixou milhares de alunos do 1º ano sem vagas nas escolas públicas.
A dificuldade para conseguir uma matrícula teria sido também uma consequência da ampliação do número de escolas estaduais em tempo integral.
O governo nega e justifica o aumento de matrículas devido à saída de alunos da rede privada para pública.
"No ano passado, tivemos 21,3 mil alunos da rede privada que desapareceram do sistema. Ou seja: o pai, por exemplo, retirou o filho da escola privada e não o matriculou em outra rede. Esse aluno aparece não como uma continuidade, e sim como um novo aluno", argumentou Rossieli.
Informações do site da prefeitura mostram que ao menos até 2007 a cidade não enfrentava filas de vagas para essa etapa escolar. As matrículas do ensino fundamental 1 são de responsabilidade dos governos estadual e municipal.
A rede estadual de 2021 tinha 65,6 mil alunos no primeiro ano do ensino fundamental. Somente a rede estadual atendeu 6,5 mil alunos a mais (para 2022), muito acima de qualquer previsão. Na rede municipal, atendeu-se 41,9 mil em 2021, e já estão matriculados 49,4 mil, com 5,5 mil matrículas novas, com vagas absolutamente novas que tivemos com esse 'boom'."
Rossieli Soares, secretário estadual da Educação de São Paulo
A promessa é que todos os estudantes estejam dentro da escola até 20 de fevereiro. Segundo o secretário da Educação, algumas medidas já foram tomadas para solucionar o problema, como:
- Abertura de novas turmas, com eventual aumento de módulos --o limite hoje é de 30 alunos por sala, mas pode chegar a 33;
- Aproveitamento de espaços alternativos de escolas, como readaptação de salas de informática;
- Aproveitamento de vagas em regiões de ociosidade, colocando transporte.
A gestão de João Doria (PSDB) afirmou que as salas que ultrapassarem 30 alunos terão dois professores. Novos professores serão contratados, de acordo com Rossieli. "Obviamente, acomodar a todos é fundamental, mas não podemos perder a qualidade [de ensino]. Precisamos trazer suporte às crianças e às famílias", disse o secretário.
Segundo o governo, até ontem havia mais de 2,5 mil alunos à espera de uma vaga na rede pública. O número, no entanto, pode flutuar já que o sistema permanece aberto.
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