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Randolfe afirma que falta uma assinatura para abrir CPI do MEC

Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, foi preso preventivamente pela PF - Luís Fortes/MEC
Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, foi preso preventivamente pela PF Imagem: Luís Fortes/MEC

Do UOL, em São Paulo

22/06/2022 10h46Atualizada em 22/06/2022 22h35

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou hoje em publicação no Twitter que falta uma assinatura para as 27 necessárias à abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar irregularidades no MEC (Ministério da Educação). Randolfe, que já tinha 25 apoios confirmados, anunciou a adesão do senador Eduardo Braga (MDB-AM), chegando a 26 apoios. Braga confirmou que assinou o pedido.

Em operação deflagrada hoje, a PF (Polícia Federal) prendeu preventivamente o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e pastores suspeitos de articular a liberação de recursos da pasta a prefeituras. A ação da PF levou Randolfe a retomar esforços iniciados em março, quando o caso veio à tona, pela abertura de uma CPI no Senado.

Em março, um áudio obtido pelo jornal revelou que o governo federal priorizava a liberação de recursos a prefeituras indicadas pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura Correia, que não têm cargos oficiais no MEC, mas atuavam como lobistas na pasta.

Desde então, parlamentares da oposição têm tentado colher apoios para abrir uma CPI para investigar essas denúncias — o requerimento precisa de 27 assinaturas.

Em abril, a solicitação chegou a conseguir esse número, mas o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) desistiu e retirou seu apoio. À época, Oriovisto disse acreditar na existência de "fatos graves" a serem investigados no MEC, mas argumentou que uma CPI "tão próxima das eleições acabará em palanque eleitoral".

"Então, é melhor que a investigação seja feita pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Assim, teremos uma investigação imparcial e técnica", disse o senador.

Ao comentar a retirada de apoios em outra publicação feita hoje, Randolfe disse que "é compreensível agora porque o Governo Bolsonaro se esforçou tanto para retirar assinaturas da CPI do MEC". "Agora sabemos a razão! O Bolsolão do MEC já é o maior escândalo de corrupção da história!", afirmou.

Pedido de CPI na Câmara

Na Câmara, um outro pedido de autoria do deputado federal Rogério Correia (PT-MG) também pede a abertura de uma CPI do MEC. Nesse caso, porém, o requerimento precisa de 171 apoios. Só então a solicitação segue para a aprovação do presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

No final de março, o requerimento chegou a ter 73 assinaturas e, hoje, ele conta com 75 apoios, segundo disse Correia em um vídeo publicado hoje no Twitter. De acordo com o parlamentar, "os bolsonaristas e o Centrão boicotam essa CPI".

"Querem fazer uma cortina de fumaça para prejudicar a Petrobras, falando numa CPI sem pé nem cabeça", acrescentou o deputado, se referindo à pressão que o Palácio do Planalto tem colocado na estatal.