Dia de Finados: como o Brasil e outros países homenageiam seus mortos?
O Dia de Finados, celebrado nesta quarta-feira (2), remete ao luto e à saudade pelas pessoas que já morreram. O culto aos mortos está presente em quase todas as religiões, desde a Pré-história, e tem significados e manifestações diferentes dependendo da cultura.
No Brasil, é costume visitar as sepulturas e levar flores aos mortos. A data está ligada à tradição católica. Para lembrar as pessoas queridas, acendem-se velas e são feitas orações.
Não há uma informação histórica precisa sobre o início da prática de celebrar um dia anual aos mortos.
Alguns estudiosos, porém, apontam que a data teria sido definida ainda no século 11, na abadia de Cluny, quando foi considerado de grande importância consagrar um dia para a oração aos que morreram.
Assim, ao longo dos séculos, o dia de Finados acabou entrando para o calendário civil em muitos países.
No México, por exemplo, também se comemora o dia dos mortos em 2 de novembro. Lá, esse é um dia de festa.
Acredita-se que, nesse dia, as almas podem visitar seus parentes, e é costume fazer um altar em casa, enfeitado com flores, caveiras de papel, oferendas e retratos das pessoas mortas.
Na intimidade dos lares em todos os cantos do país, erguem-se altares com fotos de seus mortos e seus pratos e bebidas preferidos, também decorados com pétalas da flor cempasúchil, que, segundo a lenda, ilumina o caminho da morte com sua brilhante cor amarela para as almas do submundo.
Já entre os católicos da Espanha, França e Portugal, os ritos são parecidos com os que conhecemos aqui no Brasil. A única diferença é que as velas não estão presentes, segundo artigos da antropóloga Mísia Lins Reesink.
Em países de religião budista, como a Tailândia, os mortos são homenageados com uma procissão, com música e desfiles de máscaras. No Japão, faz-se uma oferenda de arroz e algas, para alimentar as almas dos mortos. (Com AFP)
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