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Professora que denunciou propina em Fatec vai pedir indenização

Em São Paulo

01/11/2013 10h10

Uma das professoras que levaram ao MPE (Ministério Público do Estado de São Paulo) denúncias de irregularidades na Fatec (Faculdade de Tecnologia) de Mauá, no ABC paulista, vai processar por danos morais e materiais o Centro Paula Souza, que gerencia as Fatecs. Ainda são citados na ação sete servidores, entre eles o ex-diretor da unidade Silvio Zanetic, apontado como autor das ilegalidades - que vão de fraude em licitações, pagamento de propina e desvios.

O argumento da professora Luciana Silva Zapparolli é que, embora a direção do Centro Paula Souza tivesse ciência das acusações, não teria tomado providências. O órgão informou pela assessoria de imprensa que não poderia se manifestar porque desconhece o teor dessa ação.

Luciana argumenta que foi retirada do cargo de coordenadora de curso, para o qual havia sido eleita, de modo irregular. O afastamento, em março, teria ocorrido após ela comunicar que professores não estavam ministrando as devidas aulas. A ação ainda cita ameaças e pressões que teria recebido na unidade antes e depois das irregularidades chegarem ao MPE.

"Pedimos que se dê ciência, pela gravidade dos fatos, à secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia", disse o advogado Carlos Stella, que defende Luciana. O Centro Paula Souza é vinculado à pasta. Zanetic é suspeito de ter recebido propina, favorecido empresas em contratações e embolsado parte da verba de manutenção da unidade.

Cópia de um e-mail revela que uma empresa elaborou um edital ao qual concorreu e ganhou. O MPE pediu o afastamento do diretor e demais envolvidos em 15 dias. O Centro Paula Souza informa que uma sindicância está em andamento. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".