Professores e PMs entram em confronto no Ceará
Professores e estudantes da Universidade Estadual do Ceará (Uece) em greve entraram em confronto nesta quarta-feira (6) com os policiais militares do Batalhão de Choque, em Fortaleza. Os grevistas faziam uma passeata, que saiu da Praça da Imprensa rumo ao Palácio da Abolição, sede o governo do Estado.
O Choque impediu que os manifestantes avançassem para o Palácio. Os PMs jogaram bombas de efeito moral e os professores e estudantes saíram correndo. A manifestação reuniu ainda professores das outras duas universidades estaduais do Ceará, a Vale do Acaraú (Uva) e Universidade Regional do Cariri (Urca).
Os grevistas pedem realização de concurso público para professor, a regulamentação de um plano de cargos, carreiras e vencimentos e mais investimentos para a Uece, Uva e Urca. O protesto parou o bairro Aldeota, área nobre de Fortaleza. A polícia estimou em 300 os manifestantes.
Em greve há dez dias, no fim de semana passado, os grevistas foram chamados pelo secretário estadual de Saúde, Ciro Gomes, de "babacas". Ciro, ao ir conversar com os grevistas que faziam uma manifestação no aeroporto de Iguatu, entrou em confronto com os estudantes e professores, chegando a rasgar um cartaz que cobrava do Estado mais recursos para a educação.
Ciro disse que o movimento era radical e que não haveria negociação com os estudantes e professores em greve. Exaltado, chamou os grevistas de "babacas". Os manifestantes, na ausência do governador Cid Gomes (Pros), que foi a Brasília para anunciar o apoio do Pros ao governo Dilma Rousseff num bloco com o PP, conseguiram ser recebidos em comissão por um representante da Casa Civil do Estado. Só ai o clima acalmou. Não houve registro de presos.
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