Pais vigiam filhos na escola a distância e em tempo real
Se antes o acompanhamento da vida escolar dos filhos era por boletins bimestrais e encontros com professores, hoje a vigilância é em tempo real e a distância. Pais e colégios reforçam a aposta em plataformas online, redes sociais e reuniões transmitidas ao vivo para conversar sobre os alunos.
As ferramentas também são uma saída prática para famílias participativas, apesar da rotina corrida. Para especialistas, a tecnologia ajuda, mas não deve substituir o contato presencial.
A artista plástica Adriana Bertini costuma viajar a trabalho, mas tenta não ficar longe dos filhos Lorenzo, de 4 anos, e Alice, de 3. Para saber cada passo das crianças na escola, mesmo quando está fora do País, a solução foi usar o aplicativo de mensagens WhatsApp. "No início, eu ficava super ansiosa com essa distância. Agora tenho mais confiança ao receber vídeos e fotos das crianças, saber se estão comendo bem", garante.
Adriana recebe ao menos três mensagens diárias da escola dos filhos, o Colégio Mater Dei, no Jardim Paulista, zona oeste da capital. Ela fica informada sobre as atividades em classe, além de pequenos problemas, como quedas ou enjoos. Segundo ela, às vezes é mais fácil receber notícias dos meninos pela escola do que pelo marido. "Na pressa, nem sempre ele consegue mandar vídeos e fotos das crianças", conta. O recurso também faz o papel da agenda, para recados. "Só não podemos abusar da ferramenta para não perder essa relação."
Lucila Cafaro, coordenadora da educação infantil do Mater Dei, afirma que a maioria dos pais usa as redes para pedir informações sobre os filhos. "Mas o contato fica centralizado em mim, para não atrapalhar o trabalho das professoras", explica.
De acordo com ela, a maioria das demandas é relacionada à saúde e ao bem-estar dos filhos, mas a rede também serve para comunicar pequenos avanços de aprendizagem, como as primeiras palavras das crianças mais novas. "Esse atendimento individualizado é importante", defende. Já a avaliação formal, mais completa, só é passada às famílias em reuniões com os professores.
As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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