Ex-reitor da USP diz que havia verba e vê caça às bruxas
Ao Estado, o ex-reitor João Grandino Rodas afirmou que havia disponibilidade orçamentária para os gastos deixados por sua gestão e criticou o que chamou de "caça às bruxas". "Não é lícito deixar sobra orçamentária maior do que a gestão passada deixou, com o intuito de fazer face às futuras flutuações da economia, pois de um lado, orçamento é, em princípio, para ser gasto no ano para o qual foi concedido; de outro, universidade não é banco." A reserva de R$ 2,5 bilhões ao fim do mandato, segundo ele, era suficiente para os compromissos.
Sobre o aval dos órgãos colegiados para despesas, ele argumenta que "o estatuto e o regimento na USP não preveem submissão de 'todas as questões' ao CO (Conselho Universitário)". Ainda reclama que membros de sua equipe - como o atual reitor, Marco Antonio Zago, e o vice, Vahan Agopyan - "não fizeram qualquer pergunta ou observação sobre como a USP estava sendo gerida, sobre falta de transparência e, muito menos, sobre a propalada 'falência da USP'".
Rodas também nega que o plano de carreira serviu para conter greves, crítica feita por seus adversários. "É um direito dos funcionários técnico-administrativos, pois os docentes já o possuem de longa data." A atual reitoria não quis comentar.
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