Professores de Curitiba entram em greve por tempo indeterminado; rede tem 100 mil alunos
Os professores da rede municipal de Curitiba entraram em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (14) para pedir melhorias salariais e de trabalho. Segundo o Sismmac (Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba), cerca de 80% das escolas estão sem aula hoje e aproximadamente 7 mil docentes e servidores participam de um ato pelas ruas da cidade.
A rede municipal de Curitiba tem cerca de 100 mil alunos, 181 escolas e aproximadamente 10 mil professores. A secretaria de educação ainda não tem um levantamento completo da adesão à greve, mas disse que menos da metade dos professores estão parados.
A reivindicação inicial do sindicato era um aumento do salário de R$ 1.199 para R$ 1.800 - para uma carga horária de 20 horas semanais. Segundo Rafael Alencar Furtado, presidente do Sismmac, a categoria já aceitou diminuir o valor para R$ 1.590 e agora aguarda negociação com a prefeitura.
"A gente espera que o prefeito receba os professores. A gente não quer ficar parado, mas até agora não teve negociação com a prefeitura", afirmou Furtado. O movimento também reivindica o cumprimento de 33% da carga horária para atividades extraclasses, além da redução do número de alunos por sala.
Segundo a secretaria de educação, a prefeitura já anunciou um aumento de 10% para os professores e a incorporação de gratificações ao salário. O órgão afirma que já paga proporcionalmente quase o dobro do piso nacional de R$ 1.451, pois a carga horária para os professores de Curitiba é de 20h/s e não 40h/s como na Lei do Piso.
Com relação ao cumprimento da jornada extraclasse, a secretaria confirmou que só destina 20% do horário para essas atividades, mas disse que tem concursos em andamento para contratação de novos professores e com isso pretende chegar à porcentagem estipulada.
Uma assembleia do sindicato foi marcada para as 16h de hoje para discutir os rumos do movimento.
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