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Escola de MG suspende aulas após tentativa de agressão a professora

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

04/10/2013 12h13

Professores da Escola Municipal Ana Guedes, na cidade de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), suspenderam as aulas no turno da tarde de ontem e nos dois turnos desta sexta-feira (3) após uma aluna ter tentado agredir uma professora da unidade de ensino.

É o segundo caso de suspensão de aulas por causa de insegurança em escolas do bairro Nova Contagem em menos de dez dias. O caso resultou numa reunião na manhã de hoje entre representantes da Secretaria Municipal de Educação, da Guarda Municipal e da escola. As aulas deverão ser retomadas na próxima segunda-feira (7).

Conforme um professor que não quis se identificar, uma adolescente de 15 anos tentou agredir uma professora de geografia porque ela teria mandado a aluna se sentar na cadeira dentro da sala de aula. Após ter sido alertada sobre uma punição por não cumprir a ordem, a aluna avançou em direção à professora, que precisou se refugiar na sala dos professores.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, o caso da agressão foi repassado ao Conselho Tutelar por envolver menor de idade.

De acordo com o órgão, a reunião está sendo realizada “para discutir com os professores e diretores a real situação da escola e apresentar um planejamento de ações para promover a segurança no local”.

Outra escola

No dia 25 do mês passado, o diretor da Escola Municipal Ápio Cardoso, situada no mesmo bairro, decidiu suspender as aulas em sinal de protesto contra constantes invasões da unidade de ensino por pessoas de fora da comunidade escolar.

Conforme Alberto Araújo, os invasores se aproveitam de buracos em um muro que já teria sido condenado pela Defesa Civil municipal e entram no local para vender drogas. O diretor afirma que os invasores também ameaçam alunos e funcionários do local.

Segundo ele, ao menos quatro boletins de ocorrência foram feitos na semana anterior e uma supervisora da escola pediu transferência do local após ter sido ameaçada.

"Alguns elementos fizerem vários buracos nesse muro e se aproveitam disso para entrar na escola e perturbarem o ambiente escolar. A entrada e saída de elementos por esses buracos está uma coisa impressionante. A gente está perdendo o controle", disse o diretor.

Araújo contou que o problema vem se arrastando desde o início do ano letivo. Segundo ele, a gota d'água para a medida extrema de suspender as aulas foi uma invasão promovida no local por um grupo de ao menos 25 pessoas no dia 23 de setembro.