Greve de servidores afeta ao menos doze universidades federais
Funcionários técnico-administrativos decidiram entrar em greve nesta semana em ao menos doze universidades federais. A convocação é da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativo em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil), que representa cerca de 180 mil trabalhadores.
A categoria busca o cumprimento total do acordo de greve de 2012. Entre as reivindicações dos servidores estão a implementação da jornada de 30 horas semanais, contagem especial do tempo de serviço para trabalhadores com insalubridade, aprimoramento da carreira, revogação da criação da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e abertura imediata de concursos públicos.
Nesta quinta-feira (20), os servidores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. Eles aderiram à paralisação iniciada na segunda (17) pelos funcionários de mais três universidades federais do Rio: UFF (Universidade Federal Fluminense), Uni-Rio e UFRRJ (Universidade Rural).
A assessoria da UFRJ informou que a universidade não irá se manifestar sobre a paralisação. Disse ainda que todas as atividades do hospital universitário Clementino Fraga Filho serão mantidas, tanto atendimento médico como os serviços administrativos. O pagamento de bolsas de assistência aos estudantes e os biotérios da universidade, que conservam animais para serem utilizados em experimentos científicos, também vão continuar.
A assessoria informou que as equipes de segurança dos campi continuarão trabalhando, por ser considerada atividade essencial da universidade, assim como os restaurantes universitários, por serem terceirizados.
Na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) a paralisação dos servidores federais começou na segunda e o único setor que não está em funcionamento é a biblioteca central. A universidade disse que não vai comentar a paralisação.
Os servidores técnico-administrativos da UnB (Universidade de Brasília) na segunda. O hospital universitário avalia a possibilidade de funcionamento no período de grave, enquanto pelo menos 50% da vigilância permanecerá em operação, juntamente com o mínimo de 30% dos serviços administrativos. Técnico-administrativos de outras áreas também se mobilizam para aderir ao movimento.
A UFG (Universidade Federal de Goiânia) informou que os servidores começaram a greve na segunda. De acordo com o sindicato, mais de 50% da categoria aderiu à paralisação. “AUFG apoia o movimento dos servidores técnico-administrativos e espera que as negociações junto ao MEC avancem rapidamente de forma que a paralisação dos serviços ocorra pelo menor tempo possível”, disse a instituição.
Na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) a greve começou na segunda, interrompendo os serviços no restaurante universitário em São Carlos e nas bibliotecas dos três campi (São Carlos, Araras e Sorocaba).
Os servidores da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) entraram em greve na segunda. A biblioteca da universidade está fechada desde terça. No setor de assistência estudantil 50% dos técnicos aderiram à paralisação.
Na UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), a greve começa nesta sexta-feira (21).
Em Pernambuco, os técnicos da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) estão parados desde quarta (19) e os servidores da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) desde segunda-feira.
A Andifes (Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) diz que foi informada de que a Secretaria de Educação Superior do MEC (Ministério da Educação) está em negociação com a Fasubra.
*Com informações da Agência Brasil
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