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Reitor da Uerj diz que aulas podem não voltar no próximo semestre

24.jan.2017 - Professores e alunos realizam protesto na porta da Uerj em defesa da instituição, que sofre com a crise econômica no Estado - Jose Lucena/Futurapress/Estadão Conteúdo
24.jan.2017 - Professores e alunos realizam protesto na porta da Uerj em defesa da instituição, que sofre com a crise econômica no Estado Imagem: Jose Lucena/Futurapress/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

06/07/2017 15h39Atualizada em 06/07/2017 16h07

Os reitores da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense) e da Uezo (Centro Universitário Estadual da Zona Oeste) afirmaram que as instituições não têm condições de iniciar as aulas do próximo semestre letivo, caso não sejam pagos os salários atrasados dos servidores públicos. Segundo eles, não foram pagos o 13º de 2016 e tampouco os vencimentos dos meses de abril, maio e junho.

“Só será possível o término do atual semestre tendo em vista o comprometimento dos professores, quadro técnico e das empresas prestadoras de serviço”, afirma o texto assinado conjuntamente pelos reitores Ruy Garcia Marques, da Uerj, Maria Cristina de Assis, da Uezo, e Luis Passoni, da Uenf.

Atualmente, as instituições estão encerrando as aulas do segundo semestre de 2016, que foram retomadas no início de abril após um período de greve.

A carta é endereçada ao secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social, Pedro Fernandes, e também à presidência da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Estado.

O UOL procurou o governo Pezão, que recomendou que a reportagem procurasse a secretaria estadual de Ciência. A pasta afirmou que "entende e se solidariza com o pleito dos funcionários da Uerj e que é inaceitável que o tratamento dado aos professores da secretaria de estado de Educação seja diferente dos profissionais das universidades vinculadas à secretaria estadual de Ciência".

A OAB-RJ está movendo uma ação na Justiça para obrigar o governo do Estado a pagar o salário dos servidores da Uerj na mesma data em que são pagos os servidores da Educação.

Os reitores pedem, na carta, que sejam quitados os salários atrasados dos servidores de todas as instituições vinculadas à Ciência e Tecnologia.

“Destacamos que a paralisação e/ou descontinuidade das atividades educacionais ocasiona um grave prejuízo direto aos mais de 150 mil alunos da rede pública de ensino, bem como às atividades econômicas e sociais envolvidas”, afirma o texto.