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André Chénier Poeta francês

30 de outubro de 1762, Istambul (Turquia)</p><p>25 de julho de 1794, Paris (França)</p>

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

26/11/2009 19h08

Apesar de nascido no Oriente, de ter sofrido grande influência da mãe, que se dizia grega, e de ter se dedicado, desde a juventude, a cultuar a Antiguidade helênica, André Marie Chénier foi o classicista que mais influenciou o Romantismo francês.

A vocação poética de Chénier despertou muito cedo, quando já vivia em Paris. Ainda adolescente, já escreve suas famosas "Elegias". Mais tarde, entre 1785 e 1787, compõe suas "Bucólicas" e novas "Elegias".

Parte, então, para Londres, como secretário de embaixada. Não se acostuma à cidade, mas ali escreve a "Invenção", texto teórico no qual expõe sua nova doutrina, marcada pela confiança na ciência e pela fé no progresso.

No mesmo período, esboça duas grandiosas epopeias: "Hermes" e "América", dedicadas à natureza e alimentadas por um lirismo cósmico, próprio dos antigos gregos.

Desde cedo, portanto, Chénier se empenha em fazer renascer as formas clássicas e, ao mesmo tempo, renovar a versificação francesa. Sua obra, contudo, só se tornará conhecida e respeitada quase trinta anos depois de sua morte.

Oposição aos jacobinos

Apesar de ter participado da Revolução Francesa, Chénier sempre criticou os excessos cometidos pelos jacobinos.

Após a execução do rei Luís 16, que ajudara a defender, torna-se suspeito para os radicais de esquerda. É preso em 1794 e encarcerado na prisão de Saint-Lazare, onde escreve "A jovem cativa", hino à vida e à esperança. Na prisão, também escreve os "Iambes", nos quais ataca violentamente a tirania jacobina, que o condena à morte na guilhotina como inimigo do povo.

Três dias depois da morte de Chénier, o próprio Robespierre, líder dos jacobinos, foi executado, terminando assim o chamado período de Terror da revolução.

Fonte: Enciclopédia Mirador Internacional